sexta-feira, 10 de novembro de 2017

AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: UMA MUDANÇA NO MODELO EDUCACIONAL



Nos últimos anos o Brasil experienciou um aumento na inclusão da população com acesso às universidades. Boa parte deste aumento, para além da construção de novas instituições de ensino, se deu por um maior número de centros educacionais de ensino a distância, que possibilitaram o acesso à educação a famílias de baixa renda, em virtude de seus custos mais baixos e a famílias que moram em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos e que em virtude disso só teriam acesso a uma educação superior caso mudassem de cidade ou viajassem diariamente até a cidade mais próxima que oferecesse tal apoio educacional.
Aliado aos centros de educação à distância, e não só a eles, estão os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) que permitiram uma maior interação entre alunos e professores dos mais diversos modelos de instituições de ensino universitárias. As AVA’s não se restringem apenas à educação EAD, como também são importante ferramenta nas universidades de modelo tradicional em que a presença física do aluno e dos professores é exigida.



Costa e Franco (2005) apud Dillenbourg (2003) salienta uma característica particular de ambientes virtuais, em função das particularidades da Internet. Segundo ele, os estudantes não estão restritos a consultar as informações da Rede, eles se tornam produtores da informação, participantes do jogo. A utilização de portfólios virtuais para que os alunos registrem as suas produções ao longo do curso, consiste numa atividade diferente do que entregar um trabalho apenas para o professor, pois, no primeiro caso, as informações estarão disponíveis para qualquer pessoa que tenha possibilidade de acessar a Internet. 

Dessa forma, a disponibilização de um livro pelo professor pode consistir apenas o início de uma atividade que inclua os seguintes itens: a) uma pesquisa a respeito da temática abordada; b) a disponibilização, no portfólio virtual do aluno, de uma resenha a respeito do livro; c) a criação de uma lista de discussão que tenha por objetivo construir um texto coletivo a partir da análise das resenhas dos colegas; d) outras atividades que possam tornar o ambiente virtual um espaço onde os estudantes sejam efetivamente protagonistas da informação. (COSTA e FRANCO, 2005).


Sendo assim, o estudante deixa de ser apenas o espectador diante do conteúdo apresentado, a AVA permite que este se torne desenvolvedor e participante ativo no processo de aprendizagem, permitindo uma formação mais pluralizada ao longo de sua estadia na universidade. Uma aprendizagem mais inclusiva torna o estudante mais preparado para o mercado de trabalho, em virtude de um modelo de ensino engessado, onde o estudante só senta em uma cadeira e fica horas ouvindo apenas vai torná-lo um repetidor de informação, diferente de uma abordagem em que ele faça parte do aprendizado e seja elemento importante na construção do conteúdo.




Referências

COSTA, L. A. C. da. FRANCO, S. R. K. Ambientes virtuais de aprendizagem e suas possibilidades construtivas. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005. Disponível em: http://www.ufrgs.br/nucleoead/documentos/costaAmbientes.pdf











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