A
tecnologia, por todos esses anos, nos permitiu ir além e ir mais rápido.
Resolvemos problemas que as gerações anteriores sequer imaginaram, mas, a
tecnologia pode pensar? O Watson pode. O IBM Watson Analytics é um sistema
cognitivo que permite uma nova conexão entre as pessoas e os computadores e, de
certa forma, aprimora e acelera o conhecimento humano.
Watson
ficou famoso em 2011
O
nascimento de Watson remonta ao ano de 2003, mas foi em 14 de fevereiro de 2011
que o supercomputador foi a público mostrar algumas das suas potencialidades.
Nesta data, Watson participou de um famoso show de perguntas de conhecimento
geral dos Estados Unidos chamado Jeopardy, do qual saiu vencedor. Desde então,
Watson vem sendo usado em projetos na área de saúde, em experimentos com
gastronomia e, recentemente, em soluções para empresas e governos.
Nas
palavras da própria IBM, Watson é uma tecnologia cognitiva que processa
informações mais como um humano do que como os computadores com os quais
estamos acostumados a lidar no dia-a-dia. Formado por hardware e software,
Watson compreende a linguagem natural, ou seja, dos humanos, e por isso não
apenas fala como é capaz de gerar hipóteses baseado em evidências. À medida que
interage, seja com usuários ou com informações, Watson aprende e fica ainda
mais inteligente pois seu processamento funciona a partir de um modelo de
programação recursiva. "É mais ou menos assim: cada vez que o programa
roda, e ele roda várias vezes, ele próprio se modifica com o que
aprendeu", resume Gandour.
Áreas de
atuação
Hoje, o
Watson Group se divide em três: Engagement Advisor, Explorer, Discovery
Advisor. Cada uma dessas três soluções faz uso do conhecimento do
supercomputador e da sua capacidade de aprendizado de uma forma própria.
O Engagement Advisor, por exemplo, ajuda a empresa a conhecer melhor as necessidades dos seus clientes automatizando algumas interações. Com esse serviço implantado em um call center, por exemplo, uma companhia poderia direcionar as perguntas mais frequentes de seus consumidores ao supercomputador. O Watson é capaz de aprender a dar as respostas mais adequadas às perguntas frequentes dos clientes usando a linguagem natural, ou seja, falando quase como um humano.
O Watson
Explorer, por sua vez, é o serviço que coloca o supercomputador para fazer
buscas para as empresas em sua própria base de dados. Sua enorme capacidade de
processamento atrelada a sua habilidade de combinar busca por conteúdo, análise
de dados e computação cognitiva faz do Watson um excelente pesquisador.
Por fim,
o setor de Discovery Advisor ajuda as empresas a fazer do supercomputador um
dos seus melhores pesquisadores cruzando o conhecimento do próprio Watson com
aquele que foi gerado pela empresa, apresentando resultados de cunho
estatísticos.
Watson e
a saúde
Este
último, por sua vez, se empregado corretamente, tem o potencial de ser o mais
importante de todos os artifícios do supercomputador da IBM. Hoje, essa função
do IBM Watson transformou a assistência médica no mundo inteiro.
O futuro
da saúde é tudo sobre o individual. Com o aumento da prevalência de
rastreadores pessoais de fitness, dispositivos médicos conectados,
''implantables'' e outros sensores que coletam informações em tempo real, a
pessoa média é susceptível de gerar mais de um milhão de gigabytes de dados relacionados
com a saúde em sua vida (o equivalente a mais de 300 milhões de livros).
No entanto, é difícil para conectar essas massas de dados dinâmicos e em
constante crescimento com fontes mais tradicionais, como os registros criados
pelo médico, pesquisa clínica e genomas individuais – conjuntos de dados que
são fragmentados e que não são facilmente compartilhados. A plataforma
Watson é altamente escalável, segura e essencial para retirar
percepções individualizadas para ajudar as pessoas e os prestadores de serviço,
em tempo útil, sobre as decisões baseadas em evidências sobre questões
relacionadas com a saúde.
Com a duplicação do volume de informações
médicas a cada cinco anos, a WellPoint, Inc. vislumbrou uma oportunidade para
aplicar os recursos inovadores do IBM Watson em Power Systems™ de forma a
melhorar a qualidade e eficiência de decisões médicas.
Neste
caso, regiões periféricas e países que não possuem tecnologias avançadas para
pesquisas e diagnósticos na área da saúde podem usar o Watson como um “decisor”
baseado em evidências relacionadas À saúde do mundo inteiro. Não só isso, tudo
indica que ele pode dar informações sobre tratamentos, tipo de doenças e
recomendações com uma taxa altíssima de certeza (tudo isso baseado em
evidências passadas). Basta “dar” ao supercomputador, dados e informações a
respeito do objeto de estudo e voilá ele lhe dá as respostas.
Watson e
os call centers
Não só
isso, hoje, o Watson Analytics está sendo usado para melhorar experiências de
clientes de call centers. Os call centers devem buscar identificar e analisar o
comportamento dos consumidores de uma forma rápida e eficiente para competir no
mercado com sucesso. Esses centros precisam ter a capacidade de detectar
problemas operacionais ou oportunidades de vendas em tempo real, além de
responder de uma forma proativa, sem deixar de prezar pela experiência do
cliente ao longo de todo o processo.
O Robô
atendente
Desde
2014 em terras brasileiras, o Watson está aprendendo o português do zero, como
qualquer criança. Por isso, ele está estudando os traços culturais do
vocabulário brasileiro e também a gramática portuguesa. O Bradesco,
por sua vez, aproveitou-se disso e está tentando implementar um “robô atendente”
dentro de sua estrutura organizacional.
Dentro do
Bradesco, o computador irá interagir com os clientes a partir do telebanco
(serviço de atendimento pelo telefone). Ele vai auxiliar os atendentes a tratar
melhor os clientes, relata Marcelo Camara, gerente do Departamento de
Pesquisa e Inovação Tecnológica do Bradesco, em entrevista a EXAME.com.
De acordo com Camara, o objetivo final da empresa é que o Watson fale
diretamente com o cliente. No entanto, isso não quer dizer que os atendentes
serão demitidos. De acordo com os gerentes do Bradesco, O funcionário da
empresa fará a curadoria do conteúdo para treinar o Watson. A combinação de um
ser humano e o supercomputador faz com que o atendimento fique rápido, massivo
e de qualidade.
O Watson
pode realmente pensar?
Tudo
indica que sim. Ele aprende de uma maneira muito similar à de um ser humano,
estuda semântica, sintaxe e o mais importante, ele consegue se conectar a todo
esse conhecimento em seu contexto específico. Ele interage com os seres humanos
por meio da compreensão da linguagem natural, capacidade de aprendizagem e da identificação
de padrões de comportamento.
Sistemas cognitivos,
como o IBM Watson, transformam o modo como as organizações pensam, agem e
operam no futuro com tecnolgogias que alavancam a linguagem natural e geração
de hipótese e o aprendizado baseado em evidências. Porém, apesar de todas essas
vantagens, o supercomputador está limitado a uma das capacidades mais
brilhantes do ser humano: inovar.
A
inovação, o conhecimento que ultrapassa barreiras, este sim, é característico
do ser humano. Enquanto o computador consegue, a partir de evidências passadas,
fazer análises e dar diagnósticos futuros mais precisos que o ser humano, ele é
incapaz de “mudar” o mundo, de gerar novo conhecimento, de quebrar paradigmas.
Referências
IBM POWER SYSTEM. Disponível em: <http://www-03.ibm.com/systems/br/power/solutions/watson/> Acesso em: 09 de julho de 2016.
NUNES, Emily Canto. Watson, o computador que aprende, vai falar português. Disponível em: <http://tecnologia.ig.com.br/especial/2014-10-17/watson-o-computador-que-aprende-vai-falar-portugues.html> Acesso em: 10 de julho de 2016.
WHAT IS WATSON. Disponível em: <http://www.ibm.com/smarterplanet/br/pt/ibmwatson/what-is-watson.html> Acesso em: 10 de julho de 2016.


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