Ismael dos Santos Engel
Na sociedade contemporânea, um novo paradigma de desenvolvimento está emergindo, que liga a economia e a cultura, perpassando aspectos econômicos, culturais, tecnológicos e sociais de desenvolvimento em níveis macro e micro. O ponto central desse paradigma é o fato de que o conhecimento, e, sobretudo, o acesso à informação são cada vez mais reconhecidos como poderosas ferramentas aliadas do crescimento econômico e promotoras do desenvolvimento de países, seja eles desenvolvidos ou em desenvolvimento.
Apesar da riqueza em diversidade cultural e abundância de capital humano, a grande maioria dos países em desenvolvimento está se beneficiando imensamente do enorme potencial dos rápidos avanços em relação às tecnologias de informação e comunicação, que estão cada vez mais ligando países e regiões ao redor do mundo. Desse modo, a expansão dessas novas tecnologias leva à promoção de inclusão social, diversidade cultural e o desenvolvimento humano. Portanto, é necessária a expansão de mecanismos institucionais que facilitam as relações entre países, para que de maneira sincronizada, possam mutuamente receber e oferecer suporte econômico, social, cultural ou até mesmo em políticas ligadas a tecnologia.
Em nossa sociedade, dominada por imagens, sons, textos e símbolos, a conectividade está influenciando as nossas atitudes e é parte integral de nossos estilos de vida. É importante ressaltar o ambiente no qual as pessoas vivem, onde todas as pessoas tem a liberdade de seguir as suas próprias ideias e o mercado permite que elas troquem essas ideias.
A liberdade de pensamento e de expressão, que é praticada através da busca, recepção e divulgação de informações e ideias por qualquer meio de expressão possível, não deve se limitar a fronteiras. Dessa maneira, a Internet tem melhorado a noção de liberdade de pensamento e de liberdade individual. Ela não possui filtros ou nenhuma mediação de nenhuma natureza. A Internet, cuja vocação natural é a extraterritorialidade, funciona como um essencial catalisador da globalização contemporânea. Ela cruza as fronteiras dos países, supera barreiras alfandegárias e elimina as diferenças culturais entre as pessoas.
Países em desenvolvimento são territorialmente grandes e representam, atualmente, 50% da economia global, e esse percentual continua crescendo. Economias emergentes estão crescendo em termos de renda e valor agregado, além de possuírem mercados grandes e ótimas conexões entre os países (exemplo: China e o Leste Asiático). O grande desafio para os próximos anos será como os países em desenvolvimento irão lidar com as tecnologias de informação e conhecimento e as instituições que permitem elas funcionarem de maneira eficiente.
Fonte: GIUDICE, Manlio del; DELLA PERUTA,
Maria Rosaria; CARAYANNIS, Elias G.. Social Media
and Emerging Economies. Springer, [s.l.], p.25-27, nov. 2014. Springer International
Publishing.



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