terça-feira, 12 de julho de 2016

Jogos e ambientes simulados como alternativas para Ambientes Virtuais de Aprendizagem

         Atualmente, para prender a atenção do universitário é necessário muito esforço por parte dos professores, visto que existem muitas formas fáceis de se distrair, como conversas, smartphones ou até mesmo um evento que esteja acontecendo no próprio ambiente da universidade.
            Assim, buscando-se uma interação maior do que apenas a corriqueira apresentação de slides em aula e o modelo de interação tradicional professor-aluno através do Moodle na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), há outras alternativas que vão além dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) já utilizados.
            Como exemplo, pode-se citar a disciplina "Laboratório de Gestão: Prática Profissional", lecionada no curso de Administração da UFSC, onde os alunos fazem uso de um simulador gerencial. Esta simulação, demonstrada na Figura 1, busca, através de dados fictícios, simular empresas reais que competem entre si em um mercado hipotético, com demasiadas variáveis, como: cotação da ação na bolsa, disponibilidade de mão de obra, de matéria prima, entre outros. O principal chamariz do uso deste simulador é o fato de que os alunos são agrupados em equipes e disputam entre si qual empresa dominará o mercado, tornando a competitividade entre os alunos um fator que contribui para o interesse no aprendizado.
Figura 1: Websimulador
Fonte: Websimulador (2016)
          Também há a aplicabilidade dos jogos no aprendizado dos demais tipos. No mercado existem diversos jogos simuladores que imitam a realidade de diversas áreas, tentando reproduzir com maior fidelidade possível o que em breve será praticado. Como exemplos temos os famosos simuladores de avião e de condução de automóveis, e até de máquinas agrícolas em alguns casos. Os jogos dos consoles atuais e computadores mais modernos, com o auxílio de outras ferramentas como pedais, manoplas de troca de marcha e volantes, reproduzem fielmente a sensação de direção. E, claro, não se pode esquecer do polêmico simulador de direção do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), demonstrado na Figura 2, que buscava minimizar o risco dos condutores inexperientes ao assumir pela primeira vez o volante de um automóvel.
Figura 2: Simulador de direção do DETRAN


Fonte: Detran-RN
        É possível também destacar o uso de jogos em universidades para ampliar os horizontes do aprendizado. A Universidade da Flórida, por exemplo, criou um curso que utiliza o jogo de estratégia em tempo real Starcraft, da produtora Blizzard, para trabalhar nos alunos os conceitos de pensamento crítico, resolução de problemas, gerenciamento de recursos e tomada de  decisão adaptiva.
            Assim, é possível dinamizar o aprendizado e melhorar o contato do aluno com o professor através de ferramentas que podem prender mais a atenção do aluno do que a corriqueira aula padrão. Por serem modelos que prendem a atenção dos usuários, as distrações acabam perdendo o poder de dispersar a atenção do aluno e, consequentemente, o aprendizado intrínseco ao que está afiliado à ferramenta se torna trivial.

Fontes:
Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Disponível em: <http://www.detran.rn.gov.br/>. Acesso em: 11 de jul. de 2016.
Websimulador. Disponível em: <http://websimulador.com.br/>. Acesso em: 11 de jul. de 2016.
Portal G1. Universidade dos EUA coloca jogo 'Starcraft' como disciplina. Disponível em <http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2010/08/universidade-dos-eua-coloca-starctaft-como-disciplina.html>. Acesso em: 11 de jul. de 2016.

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