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Figura 1
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Palavras chave: redes sociais, exibicionismo, compartilhar, veicular.
Estamos vivendo uma era em que a
tecnologia se tornou uma ferramenta necessária em nosso dia-a-dia, e as redes
sociais caminharam juntamente com essa transformação. Postar diversas fotos o
tempo todo, fazer chek’in em lugares badalados, expor ao público seus
sentimentos, conquistas e relacionamentos são algumas das características que
definem o exibicionismo virtual ou será uma questão de vício em estar conectado?
Qual a influência das redes sociais na vida de seus usuários? Buscamos entender
o que se passa na vida dos cidadãos e como as redes sociais estão atraindo cada
vez mais adeptos e promovendo pessoas?
As pessoas procuram fazer parte das redes sociais pela facilidade de compartilhamento e horizontalidade de exposição pública Nas Redes Sociais não é assim. É tudo muito mais fácil, é tudo muito acessível, o que a torna cada vez mais atraente para tantos “desavisados”. Mentir, enganar e passar uma imagem que não condiz com a verdade parecem ser práticas simples lá dentro, (BUENO, 2013). Em pesquisa realizada pelo IBGE em 2013 divulgada em 2014, constatou-se que quase 50% dos brasileiros estão conectados à internet de alguma forma, através de Smartphone, tablets notebooks e computadores convencionais. (IBGE, 2014). Esse número tem crescido exponencialmente, sendo as redes sociais detentora do maior número de acessos como vamos demonstrar abaixo em pesquisa realizada pela Statista, empresa especialista em fornecer ferramentas intuitivas para pesquisar de dados quantitativos.
As pessoas procuram fazer parte das redes sociais pela facilidade de compartilhamento e horizontalidade de exposição pública Nas Redes Sociais não é assim. É tudo muito mais fácil, é tudo muito acessível, o que a torna cada vez mais atraente para tantos “desavisados”. Mentir, enganar e passar uma imagem que não condiz com a verdade parecem ser práticas simples lá dentro, (BUENO, 2013). Em pesquisa realizada pelo IBGE em 2013 divulgada em 2014, constatou-se que quase 50% dos brasileiros estão conectados à internet de alguma forma, através de Smartphone, tablets notebooks e computadores convencionais. (IBGE, 2014). Esse número tem crescido exponencialmente, sendo as redes sociais detentora do maior número de acessos como vamos demonstrar abaixo em pesquisa realizada pela Statista, empresa especialista em fornecer ferramentas intuitivas para pesquisar de dados quantitativos.
As redes
sociais têm se mostrados uma aliada em vários quesitos, como mecanismo de
aprendizado como por exemplo o YouTube, os grupos de estudos no WhatsApp e Facebook,
assim também como ferramenta de compartilhamento e fiscalização do bem público.
A falta de consciência de alguns usuários, juntamente com a má utilização de
terceiros, tem mostrado o quanto a imaturidade para lidar com estas ferramentas
pode trazer danos para os usuários mais descuidados (DIAS; ALEIXO, 2013).
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Figura 2 |
Atualmente passamos
mais tempo virtualizando e curtindo compartilhamento de amigos e conhecidos, do
que curtindo nossos momentos fora das redes sociais virtuais.Salvo as pessoas que trabalham com o meio virtual e
mídias sociais como fonte de renda. Em pesquisa realizada em 2015 pela
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, 76% das pessoas
acessam a internet todos os dias, com uma exposição média diária de 5hrs, eles
estão em busca de informações (67%) – sejam elas notícias sobre temas diversos
ou informações de um modo geral sobre qualquer coisa –, de diversão e
entretenimento (67%), de passar o tempo livre (38%) e de estudo e aprendizagem
(24%). Com a chegada da tecnologia dos Smartphone, essas porcentagens têm aumentado gradativamente, principalmente
pelo fato da mobilidade e fácil acesso às redes.
O ponto que quero destacar é que estamos constantemente, postando, curtindo, compartilhando, criticando, fiscalizando e esperando que alguém curta, compartilhe, critique, etc. É um círculo que tem se tornado frequente e constante na vida das pessoas. Outro ponto bastante interessante que ocorre nas redes sociais é a questão da popularidade. Cada vez mais, a popularidade de uma pessoa estará diretamente relacionada com o número de amigos virtuais que ela possui ou a quantidade de informações e coisas que ela posta e compartilha. Este aspecto lhe trará uma maior notoriedade e respeito (MORAIS, 2014).
A
revista Época em seu artigo “Quem
aguenta tanto exibicionismo nas redes sociais? ”. Trata do modo de vida que adotamos em
redes sociais virtuais e que todos esses processos nada mais são do que nossos
sentimentos de aversão a algo ou como como diz a entrevistada psicóloga
Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sobre esse assunto, diz que tudo nada mais é
que “busca por aceitação contínua”, e complementa, “As pessoas acham que uma frase ou uma foto resumem toda a vida de
alguém. Isso não é verdade”, diz Luciana à revista. A influência que as redes sociais exercem sobre
nossas vidas é indiscutível e está em nossas ações do dia-a-dia. Devido ao
crescente número de Smartphone no mercado e a facilidade que os mesmos
transmitem aos seus usuários e a facilidade de registar algo, fez com que as
redes sociais seguissem os mesmos caminhos.
Em entrevista a 357 universitários,
pesquisadores da Universidade Homboldt, Berlim, descobriram que o principal
sentimento despertado pela vida virtual é a inveja. Quase 30% relataram nutrir
esse sentimento ao ver, no Facebook, posts sobre atividades de lazer dos amigos
e indícios de sucesso de qualquer espécie (acadêmico, profissional, sexual).
Mesmo os exibidos sentem inveja. Cerca de 20% afirmaram chatear-se por
sentir que sua própria ostentação não é notada suficientemente pelos amigos (ÉPOCA,
2014).
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Grafico 1 |
O gráfico ao
lado, foi a base da pesquisa em 2015 sobre “O
Ranking das Redes Sociais Mais Utilizadas”. Ele representa o percentual da população
brasileira que utilizava na época determinada rede como meio de convívio com
outras pessoas na internet. Uma das redes mais utilizadas é o Facebook
aparecendo com 25%, em segundo lugar o WhatsApp com 24% de acessos por parte de
usuários de redes sociais. Devido ao fato de a internet ser um ambiente livre a
todos que querem navegar, virtualizar, muitos acabam tomando como verdade
absoluta as informações que trafegam nas redes. Thiago Batista, sobre vício ou
dependência, diz que hoje, muitas pessoas têm deixado de lado momentos com familiares, amigos, tarefas,
trabalhos entre outras diversas coisas por causa do meio virtual. “Acredito que
muitos usuários fascinados por mídias sociais têm levado suas vidas pessoais
para o mundo virtual, estão trocando o concreto pelo abstrato e muitas vezes
não se dão conta disso” (BLOG MIDIATISMO, 2011).
Outro problema encontrado é que parte dos usuários não leem nem mesmo os termos
de uso ao se cadastrarem nas redes sociais, assim, desconhecem as regras e
termos de uso e não sabem ao que estão se sujeitando. (Andrade e Machado,
2013).
Um
pontoque podemos destacar aqui é a questão do voto. Uma ferramenta de
consolidação do cidadão tem sido utilizada também para demonstrar sua revolta
contra o sistema político atual no Brasil.
"No que se refere à influência do Facebook na decisão de voto, é possível afirmar que, ainda que não constitua um fator determinante para alterar a decisão de voto, e alcance um número reduzido de eleitores, a rede social parece contribuir para a apreciação que estes fazem dos candidatos e tem assim um papel na sua tomada de decisão. Com efeito, independentemente de afetar uma porção residual da amostra e dificilmente alterar a decisão de voto inicial, essa porção afirmou que o Facebook teve uma participação na sua tomada de decisão". (GONÇALVES, 2012).
Nota-se o desejo de compartilhar, fazer parte de algo, já que a internet
trouxe a possibilidade de o cidadão empoderar-se, e midiatizar as revoltas e
indignação pessoal a respeito do sistema político atual no Brasil
CONCLUSÃO
O uso exagerado pode não ser um vício, mas pode vir a
ser caso a pessoa passe a apresentar sintomas de dependência, como por exemplo,
necessidade constante de estar conectado à rede pode atrapalhar nos
relacionamentos pessoais, família, trabalho, estudos, etc., e então seguimos ao
que podemos interpretar como exibicionismo, que do meu ponto de vista seria o
que viria antes ao vício. O desejo latente de aparecer, pertencer a algo, ser
alguém num espaço em que as pessoas veneram quem é visto, causar inveja e divulgar
informações sobre tudo a todo momento. Nesse ponto podemos discutir o
exibicionismo como sendo a causa mais profunda do uso exagerado das redes
sociais.
Mas as redes sociais não são só exibicionismo, podemos
dizer que as redes sociais têm se transformado também em uma ótima ferramenta
de estudos, formação de grupos de estudos, compartilhamento de notícias e
informações relevantes ao nosso dia-a-dia. Acredito que poucos professores
adotam como ferramenta de complemento do ensino, os poucos que utilizam,
pouquíssimos demonstram habilidade suficiente para compor em sua metodologia um
ensino eficaz. Seria um ponto a ser trabalhado dentro das redes de ensino, mas
aí seria outro assunto a ser tratado em um estudo mais criterioso, sendo o uso
das redes sociais questões de muitos problemas entre alunos e professores.
Algumas dicas aprendidas: atente-se a alguns pontos,
como por exemplo, não tornar os dados virtuais verdades absolutas, expor menos
o possível sobre seus dados pessoais, saiba filtrar as informações que são
veiculadas e as amizades que nos procuram constantemente para serem aderidas ao
nosso perfil de usuário das redes, atente-se à leitura de termos de uso, quem
sabe assim possa cuidar de você e de quem estiver mais próximo. Lembre-se, a
internet é um espaço de livre circulação.
Referências:
ANDRADE, Ronaldo Alves; MACHADO, Viviane. A
Privacidade e as Redes sociais. In: CONGRESSO NACIONAL CONPEDI/UNINOVE, XXII,
Direito e Novas Tecnologias, 2013, São Paulo. Anais... São Paulo: Funjab, 2013.
p. 207-232. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=5677498ba2a6142d.
Acesso em: 10 julho. 2016.
Brasil. Presidência da
República. Secretaria de Comunicação Social. Pesquisa brasileira de mídia 2015
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Consumo de mídia – Brasil. 3. População brasileira. I. Título. Disponível em:
< file:///C:/Users/elizeu/Downloads/Pesquisa%20Brasileira%20de%20M%C3%ADdia%20-%20PBM%202015.pdf>
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BUENO, Erika de Souza
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Buscam nas Redes Sociais?: O
Mundo da Aparência e Facilidades. 2013. Disponível em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2396>.
Acesso em: 09 jul. 2016.
ÉPOCA: Quem aguenta tanto exibicionismo nas
redes sociais?. São Paulo: Editora Globo, 09 fev. 2014. Semanal. Disponível
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Acesso em: 10 jul. 2016.
IBGE:
METADE DOS BRASILEIROS ESTÃO CONECTADOS À INTERNET; NORTE LIDERA EM ACESSO POR
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E SILVA, N., BALERINI, A, GALHARDI, A. REDES SOCIAIS:
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GONÇALVES, Cláudia
Isabel Silvério. A
Influência da Rede Social Facebook na Decisão de Voto. 2012. 122 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa,
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<https://run.unl.pt/bitstream/10362/9127/1/Dissertacao Claudia
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SILVA, Nathan Cirillo e. Redes Sociais: A era do exibicionismo digital. 2015. Disponível em: <http://www.cps.sp.gov.br/pos-graduacao/workshop-de-pos-graduacao-e-pesquisa/010-workshop-2015/workshop/trabalhos/Sistemas_Produtivos/Gest_de_Rec_Humanos/Redes_sociais.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2016.
PIVA, Rodrigo (Ed.). A influência das redes sociais
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Disponível em: <http://www.tre-sc.jus.br/site/resenha-eleitoral/edicoes/n-6-juldez-2014/integra/2014/11/a-influencia-das-redes-sociais-no-processo-eleitoral/index.html>.
Acesso em: 10 jul. 2016.
SILVA, Nathan Cirillo e. Redes Sociais: A era do exibicionismo digital. 2015. Disponível em: <http://www.cps.sp.gov.br/pos-graduacao/workshop-de-pos-graduacao-e-pesquisa/010-workshop-2015/workshop/trabalhos/Sistemas_Produtivos/Gest_de_Rec_Humanos/Redes_sociais.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2016.
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