quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Ciberativismo: uma forma de ativismo na web


O início do século XXI foi marcado pela Era da Informação, tempos da globalização, transformações na indústria e mudanças de hábito dos consumidores fizeram com que as pessoas passassem a buscar e interagir com a informação de maneira nunca antes realizada.
Com tal revolução tecnológica e o consequente advento da internet, surgiu a necessidade do surgimento de novas ferramentas de comunicação, com maior abrangência e interatividade para maior facilidade e agilidade nas redes de contatos. O email, por exemplo, tornou-se mais uma ferramenta profissional, com utilização apenas para pessoas que possuíssem um endereço cadastrado.
A partir do crescimento da interação entres os internaturas, foram surgindo diferentes possibilidades de comunicação e compartilhamento de idéias para grupos de interesses específicos. As muitas oportunidades de conhecimento e contato com a informação fez com que houvesse uma revolução nos costumes e na realidade do dia-dia da sociedade mundial.
Só no Brasil, temos atualmente mais de 80 milhões de pessoas com acesso à internet.

Pode-se dizer que a internet e redes sociais passaram a ter uma relação estreita com as pessoas conectadas do século XXI. Este é um meio livre e democrático, onde todos podem expressar sua opinião ou relacionar com grupos diferentes sem o julgamento ou preconceito de pessoas externas. Estas possibilidades de comunicação e sua importância fizeram com que surgissem, também, novas aborgadens, disseminação de idéias, exposição de críticas e o compartilhamento da insatisfação pela sociedade em diferentes assuntos.
O crescimento dos Movimentos Sociais, paralelo à evolução da internet e surgimento de novos meios de contato e redes sociais, fez com que o ativismo se unisse com a web para formar o que chamamos de "ciberativismo". A palavra significa "ativismo cibernético", o tipo de ativismo que é realizado na internet. Ele é aplicado a partir de protestos e movimentos organizados por grupos que lutam e defendem pessoal e virtualmente por uma causa, geralmente socio-política.
O ciberativismo é algo novo, que começou de forma informal com pessoas que passaram a entender as redes sociais de outra maneira. No Brasil, temos como grande exemplo o Movimento Contra a Corrupção, que possui forte representatividade na internet e redes sociais.
Fernando Castellano, integrante do Movimento, que possui mais de 1,5 milhões de seguidores apenas na página principal no Facebook, cita uma necessidade de especialização: "Como a maior parte dos ativistas, começamos de forma extremamente amadora. Até por empolgação, entusiasmo, acabamos por crer, muitas vezes, que o fato de defendermos algo correto, justo e verdadeiro é suficiente para alcançarmos resultados, mas não é tão simples assim", ele comenta. A página foi a responsável por organizar as grandes manifestações contra o governo em 2013 e 2015, após a reeleição da presidente Dilma.
Um exemplo de grupo muito forte no ciberativismo, que veio a tona novamente após os recentes ataques terroristas em Paris é o Anonymous, que surgiu em 2004 e consiste num grupo de ativistas anonimos espalhados pelo mundo que buscam e lutam por mudanças em diferentes âmbitos políticos e sociais. 

Outra maneira de praticar o ciberativismo, que acaba acontecendo apenas em casos específicos, são protestos contrarios à preconceitos e atos racistas, absurdos e discriminatórios praticados por pessoas, tanto pela internet como na "vida real". Temos como exemplo o caso da apresentadora do quadro climático do Jornal Nacional Maria Julia Coutinho, que foi vítima de comentários racistas na internet, por ser afro-descendente.

Como repúdio ao ato anti-humano praticado por esses criminosos, os apresentadores do jornal William Bonner e Renata Vasconselos gravaram um vídeo na redação do programa, em que dão um recado para as pessoas apoiando a colega de trabalho e incentivando a campanha "Somos Todos Maju", em defesa da comentarista que foi vítima dos ataques.

Temos, além destes tipos de protestos àcima apresentados, as manifestações individuais, de casos específicos ocorridos em qualquer lugar, que movitam pessoas à divulgarem nas redes sociais como ato de revolta por algum crime ou atitude inaceitável praticada por um cidadão. É o caso do Luis Claudio Prado, que decidiu postar um  e  fotos no Facebook se movendo contra os policiais que agrediram e prenderam uma família em Palhoça graças ao som alto da casa. Graças à sua mobilização na internet, o caso passou a ter mais visibilidade e a ser avaliado e investigado.

De acordo com o exposto no artigo, e com o que foi possível avaliar quando o assunto é ciberativismo, viu-se que os movimentos sociais e diferentes tipos de ativismo estão crescendo e evoluindo diretamente proporcional à sociedade. E a internet e redes sociais são ferramentas simples e altamente impactantes quando o objetivo é agir colaborativamente e trazer novas pessoas de diferentes classes e lugares para um mesmo fim. Se usado com ética e responsabilidade, o ciberativismo pode ser de grande importância para a possibilidade rompimentos de barreiras e quebras de tabus existentes na sociedade atual.


Fontes:
http://folhapolitica.jusbrasil.com.br/noticias/114420896/ativistas-e-movimentos-sociais-superam-barreiras-ao-se-especializarem-em-redes-sociais
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/ciberativismo-o-ativismo-da-rede-para-as-ruas-o-ativismo-da-rede-para-as-ruas.htm
http://desconversa.com.br/redacao/redacoesexemplares/modelo-de-redacao-redes-sociais/
http://www.teoriaedebate.org.br/estantes/livros/cultura-politica-e-ativismo-digital-nas-redes-sociais
http://folhapolitica.jusbrasil.com.br/noticias/114679334/influencia-das-redes-sociais-no-ativismo-politico-e-destaque-no-new-york-times
http://idgnow.com.br/internet/2014/06/26/mais-de-metade-da-populacao-brasileira-e-usuaria-de-internet-afirma-nic.br/
http://www.com.ufv.br/cibercultura/ciberativismo-e-anonymous/

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