segunda-feira, 9 de junho de 2025

Como as redes sociais podem influenciar o foco e a memória

 Como as redes sociais podem influenciar o foco e a memória

Disciplina: EGC5020-09318/10316 (20251) - Redes Sociais e Virtuais
Autor: João Vitor Cabral Guedes
Matrícula: 20203206



Crescimento das Redes Sociais: Algoritmos e Acesso Ampliado

O número de usuários em redes sociais como TikTok, Facebook e Instagram tem crescido, impulsionado principalmente pela maior acessibilidade à internet e pelo avanço dos algoritmos. O TikTok, por exemplo, já superou a marca de um bilhão de usuários ativos por mês, mesmo que haja alertas frequentes sobre os riscos do uso excessivo, o refinamento dos algoritmos capazes de entender e antecipar comportamentos dos usuários, junto à democratização do acesso digital, contribui para o aumento do tempo de uso e da popularidade dessas plataformas.

Impactos das Redes Sociais na Saúde Mental

As redes sociais promoverem conexões e liberdade de expressão, porém seu uso excessivo tem efeitos negativos na saúde mental. Algoritmos cada vez mais sofisticados estimulam a liberação de dopamina, hormônio ligado ao prazer, por meio de interações como curtidas e marcações, gerando um ciclo viciante de busca por recompensas fáceis, aumentando a tolerância e exigindo estímulos maiores para alcançar a mesma satisfação, a ausência dessas interações pode provocar sentimentos de tristeza, solidão, baixa autoestima, além de contribuir para quadros de depressão e a síndrome de FOMO (o medo de ficar de fora) das atualizações online.

 A "Tiktokização" da Atenção e Seus Impactos na Concentração


A atenção é uma função essencial da mente humana, responsável por selecionar quais estímulos focar ou ignorar. O consumo excessivo de vídeos curtos, como os do TikTok, condiciona o cérebro a manter o foco por períodos muito breves, prejudicando a capacidade de concentração em tarefas mais longas ou menos prazerosas, como o trabalho e as obrigações diárias. Esse padrão tem sido chamado de "tiktokização da atenção", comparado, inclusive, a uma forma de dependência difícil de reverter.

"A mente conectada, porém, fragmentada, é uma realidade cada vez mais presente em nossa sociedade. A utilização dos aplicativos tem contribuído para a dispersão da atenção, tornando mais difícil para as pessoas se concentrarem em uma única tarefa durante muito tempo"  (Cleyson Monteiro, 2024)

Conclusão

O uso excessivo das redes sociais, especialmente por meio de conteúdos rápidos e fragmentados, compromete significativamente a capacidade de foco e a consolidação da memória, afetando o desempenho cognitivo em atividades que exigem atenção contínua e retenção de informações (Carr, 2011). Esse cenário evidencia a urgência de refletirmos sobre nossos hábitos digitais e buscarmos um uso mais consciente da tecnologia, preservando funções mentais essenciais para o aprendizado e a produtividade, a exposição constante a estímulos curtos e recompensas instantâneas reconfigura os circuitos neurais, tornando o cérebro menos tolerante ao tédio e mais dependente de gratificações rápidas, o que pode prejudicar o desenvolvimento de habilidades como a paciência, a autodisciplina, o foco e a memória, é fundamental promover a educação digital e o equilíbrio entre consumo virtual e experiências reais, favorecendo a saúde mental e a qualidade da atenção no cotidiano.

Estudos recentes da neurociência têm mostrado que o consumo contínuo de informações rápidas e dispersas pode reduzir a capacidade do cérebro de entrar em estados de atenção profunda, conhecidos como deep work, esse tipo de atenção é essencial para tarefas complexas, mas é cada vez mais raro em ambientes dominados por notificações e múltiplas abas abertas. A neuroplasticidade, embora permita a adaptação do cérebro, também pode reforçar hábitos nocivos quando exposto repetidamente a esse padrão de estímulos, quanto mais tempo passamos em ciclos de distração e recompensas imediatas, mais difícil se torna recuperar a capacidade de concentração por um grande período de tempo, reverter esse quadro exige não apenas mudanças individuais, mas também uma reavaliação coletiva sobre como utilizamos a tecnologia, incentivando momentos de desconexão e práticas que cultivem a atenção plena, como a leitura, a meditação e o contato com a natureza.

Dicas práticas:





Referências 

CARR, Nicholas. A geração superficial: o que a internet está fazendo com os nossos cérebros. Rio de Janeiro: Agir, 2011.

AFYA. Uso excessivo de redes sociais pode afetar o cérebro. Disponível em: https://educacaomedica.afya.com.br/blog/uso-excessivo-de-redes-sociais-pode-afetar-o-cerebro. Acesso em: 09 jun. 2025.

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE. Impactos do excesso do uso das redes sociais na saúde mental e na produtividade. Disponível em: https://www.mackenzie.br/en/memorias/150-anos/acontece/arquivo/n/a/i/impactos-do-excesso-do-uso-das-redes-sociais-na-saude-mental-e-na-produtividade. Acesso em: 09 jun. 2025.

NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL. Como o uso das redes sociais pode afetar o cérebro. 2023. Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2023/02/como-o-uso-das-redes-sociais-pode-afetar-o-cerebro. Acesso em: 09 jun. 2025.

UNINASSAU. Redes sociais e concentração: o desafio da atenção fragmentada. Disponível em: https://www.uninassau.edu.br/noticias/redes-sociais-e-concentracao-o-desafio-da-atencao-fragmentada. Acesso em: 09 jun. 2025.

Declaração de IA e tecnologias assistidas por IA no processo de escrita: Eu, João Vitor Cabral Guedes, declaro que, na elaboração deste trabalho, utilizei a inteligência artificial ChatGPT como apoio para aprimorar o texto. Enviei ideias e trechos de minha autoria para que a IA reestruturasse, com o objetivo de melhorar a clareza, a organização e a coesão das informações. Além disso, as ferramentas foram utilizadas para automatizar tarefas como a formatação de referências conforme as normas da ABNT. Reforço que, após o uso dessas tecnologias, todo o conteúdo foi cuidadosamente revisado e editado por mim, assegurando sua adequação ao método científico. Assumo total responsabilidade pelo conteúdo final desta publicação.




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