Juliana de Souza - 20150231
Redes Sociais e Ambientes Virtuais:
COMO AS REDES SOCIAIS AFETAM A SAÚDE MENTAL DAS PESSOAS.
Redes sociais são plataformas online que permitem que as pessoas se conectem e compartilhem informações, interesses, ideias, conteúdos e mídias. As redes sociais podem ser utilizadas tanto com o objetivo de trabalho como para entretenimento. Elas são uma forma popular de comunicação e interação social, permitindo que os usuários se conectem com amigos, familiares e outras pessoas ao redor do mundo.
Porém há um lado negativo nessa facilidade toda, seu uso irrefreado pode acarretar consequências negativas em vários aspectos, desde a percepção sobre a própria vida, uma baixa autoestima, afetar a qualidade dos relacionamentos interpessoais, o comportamento alimentar, a produtividade da rotina do usuário e até o seu ciclo de sono.
A saúde mental é entendida como um estado mental, está relacionada à forma como uma pessoa reage às exigências da vida e onde está bem consigo mesma, possuindo ferramentas para lidar com seus problemas, ela consegue equilibrar suas emoções, seus desejos e capacidades, experimentando momentos bons e ruins, porém entendendo que são passageiros.
Problemas de saúde mental possuem múltiplas causas, normalmente surgem de um complexo conjunto de fatores, por isso, é importante notar que as redes sociais não devem ser apontadas como um grande desencadeador de transtornos mentais. Porém, elas podem gerar gatilhos que pioram quadros clínicos como ansiedade, depressão, transtornos de autoimagem, entre outros.
PADRÕES IDEAIS E INALCANÇÁVEIS
O compartilhamento nas redes sociais são recortes da realidade, os usuários postam fotos e compartilham momentos que consideram bons, tornando a imagem da sua realidade “exemplar”. Quando consumimos esse tipo de conteúdo em excesso há a impressão que a vida dos outros é melhor do que a nossa, sobretudo se a pessoa já se encontra em uma fase delicada de saúde mental.
Esse compartilhamento de padrões ideais de comportamento, de rostos, rotinas, trabalhos, viagens e relacionamentos perfeitos aumentam a sensação de desvalor, o que colabora com a autocobrança, desmotivação e autodepreciação.
DEPENDÊNCIA
Estudos comprovam que o uso excessivo de telas altera o funcionamento do cérebro, quando usadas de maneira não saudável, as redes sociais contribuem com alguns níveis de dependência no sistema de recompensa cerebral. Os estímulos constantes e os reforços positivos, como curtidas, comentários e validações, disparam a produção de dopamina, molécula responsável pelo prazer.
Porém essa produção se dá em um ritmo acelerado e com pouco esforço cerebral. É como se o usuário perdesse a capacidade de gerar essas moléculas em quaisquer outras atividades que demandem mais energia do que a interação através das redes sociais. Com o tempo, o mundo lá fora vai ficando cada vez menos capaz de gerar prazer ou motivação. As pessoas gastam cada vez mais tempo acessando as redes sociais, nessa dependência, se cobram mais para fazer boas postagens, ótimas fotos e acompanharem os padrões estabelecidos nas redes.
CICLO DO SONO
Por serem geradoras de dopaminas, o uso excessivo das redes sociais se torna rapidamente um hábito e gera um medo de “estar perdendo algo”. Antes de dormir, ao abrir alguma rede social como instagram e facebook, elevam-se as chances de insônia, já que o estímulo impede o cérebro de entrar no modo de desaceleração para o repouso.
E, também, a própria tela causa esse impacto, através da iluminação que confunde o entendimento do cérebro de que é noite. Isso reduz a produção de melatonina, um dos hormônios responsáveis pela indução e a manutenção do sono.
EFEITOS NEGATIVOS DAS REDES SOCIAIS?
Ansiedade
Devido aos padrões ideais acompanhados nas redes, muitos usuários têm a impressão de que a vida do outro é mais completa do que a sua, o excesso de estímulos como pela comparação com outras pessoas e pelo prejuízo no ciclo do sono, acabam ajudando no desenvolvimento da ansiedade. O acesso a notícias negativas e comentários desagradáveis também pode impactar negativamente o usuário das redes sociais.
Isolamento
Apesar de as redes sociais permitirem conexões mais fáceis e entre pessoas das mais variadas origens e personalidades, essa facilidade acaba prendendo os usuários online. Esse excesso de interações virtuais pode aumentar a sensação de solidão e se isolar socialmente cada vez mais.
O vício nas redes prejudica as relações interpessoais saudáveis no mundo offline. Comumente as pessoas perdem oportunidades de estabelecer contato com o outro ou ter tempo de qualidade por estarem conectados online, mesmo presencialmente com os amigos, é difícil encontrar um indivíduo que não esteja, ao mesmo tempo, online nas redes.
Transtornos de autoimagem
Outro impacto negativo do uso das redes sociais é em relação a autoimagem, os padrões de beleza ideais encontrados em redes sociais, através do uso de fotos editadas, de filtros, tem um grande impacto na autoestima. Podendo levar a efeitos dramáticos na saúde mental das pessoas, em busca de alcançar esses padrões as pessoas entram em uma busca pelo físico perfeito, comumente resultando em transtornos alimentares, que afetam tanto a saúde física quanto mental.
COMO LIDAR COM AS REDES SOCIAIS
Para evitar esses impactos negativos é importante fazer um uso consciente das redes sociais.
- Através de uma curadoria de perfis e páginas nos quais busca influencia;
- Desativando notificações;
- Através de metas de uso, determinando quanto tempo poderá gastar com as redes sociais;
- Desenvolvimento de hobbies;
- Esteja presente, sem o uso do celular, quando estiver com os amigos e a família;
Referências
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