segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Educação pós-pandemia e o futuro do e-learning


Universidade Federal de Santa Catarina

Disciplina: Redes socias e virtuais - EGC5020-09318/10316.
Autor: Sansone Tesani Sofia – Matrícula: 941303.

 


Antes da pandemia com os avances tecnológicos se podia ver uma mudança das execuções das atividades da todos os dias para as ferramentas digitais, como aulas virtuais, trabalho remoto ou comunicações de pessoas que estão muito longe dos outros, mas quando aconteceu  o COVID-19 e a gente só poderia usar meios virtuais para tudo, encontramos muitas dificuldades para realmente fazer todas as tarefas e atingir a nossas metas abrangentemente, então todos começaram a se instruir sobre essas ferramentas e ainda mais soluções foram desenvolvidas para a realização dessas ocupações.

            Nossa vida foi um antes e um depois com a pandemia, em muitos aspectos, o objetivo de este artigo é falar somente sobre educação virtual, os impactos que teve na mesma não estar preparados para encarar aulas totalmente virtuais e também sobre as expectativas futuras sobre o ensino digital.

O que é a educação virtual?

A educação virtual é um novo método de ensino-aprendizagem, que é desenvolvido por meio da implementação de tecnologias de informação e comunicação (TIC´s), ela ajuda a remover as barreiras da distância, e muitas vezes também do tempo, o que depende se nos referirmos ao ensino síncrono, chamado de educação online, onde todos se conectam ao mesmo tempo e é realizado por meio de plataformas como zoom, google Meet, entre outras, ou aulas assíncronas, onde há flexibilidade de horários, uma vez que cada aluno se conecta no momento que pode. As aulas virtuais permitem desenvolver atividades como as que realizam nas aulas presenciais, como expor informação, os professores fazer perguntas aos alunos ou vice-versa, fazer trabalhos em equipe, fazer tarefas ou fóruns de discussão, ver vídeos, até fazer jogos de aprendizagem, entre muitas outras chances, o que é importante na atualidade porque elas oferecem flexibilidade para estudar e é útil em um mundo que está em constante mudança e a aprendizagem não é só para um determinado momento da vida.

O processo de ensino pode ser completamente virtual ou ser um híbrido entre aulas virtuais e aulas presencias, por exemplo graças ao uso das tecnologias, pode se complementar o ensino presencial tradicional e pôr em pratica a sala de aula invertida.

Isto é um processo de aprendizagem onde o aluno tem que ler e estudar por sua conta o conteúdo usando os meios digitais e depois nas aulas presenciais fazer uma apresentação sobre o tema, compartilhar as informações obtidas e todos os alunos podemos debater, isso ajuda a alcançar um papel mais ativo, com pessoas proativas, autônomas e críticas, já que os estudantes pesquisam e formam suas ideias, não simplesmente repetem os conhecimentos que ouviram do professor.

Quais são as plataformas mais usadas para o ensino virtual?[1]

  • Moodle (23%)
  • Educativa (16%)
  • Google Classroom (15%)
  • Microsoft Teams (14%)
  • Canvas (14%)
  • Chamilo (13%)
  • Schoology (5%).

Quais são as razões para não ter sido preparado quando chegou a pandemia para alcançar uma educação completamente virtual?

Algumas razões são não ter um plano de ensino a distância para emergências, a falta de conhecimentos de professores, pais e alunos no uso de meios digitais, a carência de internet ou dispositivos que possam usar para as aulas, também para as pessoas de baixos recursos o acesso a eletricidade, e até a insuficiência dos professores em relação as ferramentas pedagógicas necessárias para alcançar efetivamente um bom ensino nesta modalidade. O que aconteceu na pandemia foi chamado de educação remota de emergência, e para muitos estudantes não era possível acessar a ela ou em alguns casos não era de qualidade, é por isso que houve muitas consequências negativas na instrução e com o passar do tempo e mais tranquilos, a gente vai pesquisando, aprendendo e adquirindo melhores conhecimentos para trabalhar com as tecnologias e aproveitar a utilidade que elas têm, além disso mais empresas vão desenvolvendo mais ferramentas com fins educativos o enriquecendo as já existentes.

Quais são as consequências de não ter sido preparado para a educação virtual antes da pandemia?

            Em um relatório do Banco Mundial-UNESCO-UNICEF são analisadas as consequências da pandemia, incluindo as seguintes:

  • Após os primeiros 10 meses de confinamento, 71% dos alunos do primeiro ano do ensino médio não conseguiram entender um pequeno texto de dificuldade básica, em comparação com apenas 55% antes da pandemia.
  • No futuro, espera-se que a devastação da pandemia na educação leve a uma escassez de habilidades de capital humano e produtividade, o que poderia se traduzir em uma perda de renda na América Latina de cerca de US$ 1,7 trilhão.
  • As taxas de evasão escolar aumentaram 15%, devido à falta de recursos econômicos e tecnológicos para continuar sua educação on-line, sem mencionar a interrupção dos serviços que cerca de 10 milhões de crianças em toda a região estavam recebendo nas escolas, tais como alimentação e programas de cuidado infantil.

Seu relatório “observa que, embora quase todos os países do mundo oferecessem oportunidades de aprendizagem à distância aos estudantes, a qualidade e o alcance de tais iniciativas eram diferentes - na maioria dos casos, ofereciam, na melhor das hipóteses, um substituto bastante parcial para a instrução presencial. Mais de 200 milhões de estudantes vivem em países de baixa e média-renda, que não estão preparados para implementar programas de ensino à distância durante o fechamento emergencial das escolas”.[2] De acordo com uma pesquisa que realizaram "muitas crianças em países de baixa renda não participaram do aprendizado remoto com cerca de um terço dos países de baixa renda relatou que 50% das crianças não foram alcançadas".[3] Eu concordo com seu analise de que para construir sistemas educacionais com melhor adaptabilidade os países devem "investir em um ambiente propício para liberar o potencial das oportunidades de aprendizado digital para todos os alunos, garantir que os professores recebam apoio e acesso a oportunidades de desenvolvimento profissional de alta qualidade, e aumentar a parcela da educação na alocação planejada do orçamento nacional para pacotes de estímulo".[4]

Tendência: E-LEARNING EM LÍNEA

O que se procura agora é uma educação digital de qualidade. O e-learning oferece muitas vantagens, agora é o momento de aproveitar os avanços que fizeram para se educar a través da internet e os benefícios que têm por ter esse conhecimento valorizado pelo mercado de trabalho. Algumas vantagens são: flexibilidade, as distâncias entre o remetente e o destinatário desaparecem, promove a autoformação e evita a dependência direta do aluno em relação ao professor, o seja aluno participa ativamente de seu processo de aprendizagem, a educação é adaptada ao ritmo de aprendizado do aluno, entre outras.


            Há um site muito interessante que fez um resumo de estatísticas e tendências de e-learning, entre elas pode se-citar:

  •             O mercado global de e-learning está projetado para atingir US$ 457,8 bilhões em 2026.

  •          Programas de treinamento abrangentes levam a um aumento de 218% na receita por funcionário.

      ·         72% das organizações acreditam que o E-Learning lhes dá uma vantagem competitiva.

      ·         Em 2020, o e-learning foi adotado por 90% das empresas em todo o mundo.

      ·         Os investimentos em EdTech atingiram US$ 18,7 bilhões em 2019.

Reflexão final

Vivemos em um mundo que usa as tecnologias para quase todo, então é por demais importante aprender sobre as ferramentas digitais, elas oferecem um monte de possibilidades para sua vida, e aproveitar as oportunidades que tenhamos para pegar conhecimentos sobre elas.




REFERENCIAS:

[1] Os autores do estudo pertencem à Rede de Pesquisa da Associação de Universidades Privadas do Panamá (REDIA), disponível em: https://revistas.usma.ac.pa/ojs/index.php/ipc/article/view/210/373.

[2] [4] Banco Mundial, “Perdas de aprendizagem geradas pela COVID-19 podem custar a esta geração de estudantes perto de 17 trilhões de dólares em rendimentos futuros”, dezembro 2021. Disponível em: https://www.worldbank.org/pt/news/press-release/2021/12/06/learning-losses-from-covid-19-could-cost-this-generation-of-students-close-to-17-trillion-in-lifetime-earnings.

[3] Banco Mundial, setembro 2021, disponível em: https://www.worldbank.org/en/topic/edutech.




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