ISABELA VARASCHIN BERGER
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AVA
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O conceito de bullying surgiu na década de 70 após o primeiro estudo científico sobre o assunto do mundo, o qual foi realizado pelo Dr. Dan Olweus na Noruega. Dan Olweus estudou as tendências suicidas nos adolescentes e ao fazer a análise dos resultados, descobriu que um número significativo de jovens se suicidaram por terem sido vítimas de ameaças e xingamentos.
Para Matos, Gaspar, Simões e Negreiros (2009) o bullying pode manifestar-se através de insultos, agressões físicas, ameaças, troças, roubos, vandalização dos objetos pessoais das vítimas, uso de armas, assédio sexual, gestos obscenos e exclusão social.
Segundo a professora Angela Marin, o bullying é um evento que tem como resultado depressão e baixa autoestima, bem como a problemas na vida adulta relacionados a comportamentos antissociais, instabilidade no trabalho e relacionamentos afetivos pouco duradouros.
Entendido como “um tipo de bullying que utiliza a tecnologia” (Shariff, 2011, p. 59), o cyberbullying está cada vez mais presente no dia a dia da população. Segundo uma pesquisa realizada pelo TIC Kids em 2016, 80% da população brasileira entre 9 e 17 anos tinha acesso a internet, tornando-os mais suscetíveis a esse “novo” tipo de bullying.
Para Umberto Eco, as redes sociais deram voz a legião de imbecis que antes falavam apenas em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade. Uma característica marcante do cyberbullying, segundo Rodrigues (2015), é que o agressor quase nunca, é identificado, uma vez que é possível manter-se anônimo no mundo virtual. E essa impessoalidade pode ser um dos agravantes da epidemia desse fenômeno, uma vez que o contato virtual e indireto pode dessensibilizar as partes envolvidas na agressão, já que não há contato direto com o sofrimento da vítima ou com as consequências dos seus atos, fazendo com que essas manifestações sejam ainda mais violentas.
De acordo com Hinduja e Patchin (2009) o cyberbullying como um processo no qual alguém executa, repetidamente, atitudes como piadas acerca de uma pessoa em contextos virtuais ou quando um indivíduo assedia alguém através de e-mails ou mensagens de texto ou ainda através de postagem de tópicos sobre assuntos que a vítima não aprecia.
Para Shariff (2011), esse fenômeno pode ser realizado por meio de violação de senhas, acesso e roubo de dados pessoais, piadas e comportamentos de humilhação, através de sites de redes sociais, e-mails e mensagens.
Dica de filmes e séries sobre cyberbullying e bullying:
Cyberbully
Sinopse: Taylor Hillridge (Emily Osment) é uma adolescente comum, que ganha um computador de presente de aniversário e logo cria um perfil em uma rede social. Vítima de cyberbullying, ela passa a ser rejeitada pelos conhecidos no "mundo real" e tenta superar o drama trocando experiências com pessoas que sofreram o mesmo tipo de humilhação.
13 Reasons Why
Sinopse: Uma caixa de sapatos é enviada para Clay (Dylan Minnette) por Hannah (Katheriine Langford), sua amiga e paixão platônica secreta de escola. O jovem se surpreende ao ver o remetente, pois Hannah acabara de se suicidar. Dentro da caixa, há várias fitas cassete, onde a jovem lista os 13 motivos que a levaram a interromper sua vida - além de instruções para elas serem passadas entre os demais envolvidos.
Audrie & Daisy
Sinopse: Em duas cidades de locais diferentes dos Estados Unidos, duas adolescentes são vítimas de estupro em uma festa em que são dopadas por garotos que consideravam seus amigos. Após a violência, elas são assediadas virtualmente, e a depressão e a vergonha as encaminham para o suicídio, e tragicamente, uma delas morre. Audrie & Daisy explora a perspectiva dos adolescentes e suas famílias, incluindo os meninos envolvidos e as garotas dispostas a falar publicamente pela primeira vez.
REFERÊNCIAS:
Hinduja, S., & Patchin, J. W. (2009). Bullying beyond the schoolyard: Preventing and responding to Cyberbullying. Thousand Oaks, CA: Corwin Press.
Matos, M., Gaspar, T., Simões, C. & Negreiros, J. (2009). Violência, Bullying e Delinquência. Lisboa: Coisas de ler- Edições Unipessoal.
Shariff, S. (2011). Ciberbullying: Questões e soluções para a escola, a sala de aula e a família. Porto Alegre, RS: ArtMed.
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/10/cyberbullying-uma-ameaca-digital.html
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cyberbullying.html
https://cetic.br/media/analises/tic_kids_online_brasil_2016_coletiva_de_imprensa.pdf.
https://cetic.br/media/analises/tic_kids_online_brasil_2016_coletiva_de_imprensa.pdf.
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