terça-feira, 8 de dezembro de 2015

REDES SOCIAIS E O AMBIENTE DE TRABALHO


Desde que houve a popularização das redes sociais na internet, seu uso no ambiente de trabalho gera opiniões diversas. A questão do uso das redes sociais não está somente ligada ao desempenho do empregado, que muitas empresas alegam que pode diminuir uma vez que o funcionário pode deixar de trabalhar para utilizar uma dessas redes, mas também às postagens de colaboradores e gestores e seu impacto em relação à imagem da empresa.

Cada empresa adota uma postura diferente em relação ao tema e na politica de uso de redes sociais em seus escritórios. As políticas, assim como as opiniões, são extremamente variadas: algumas empresas deixam o uso livre, algumas proibem totalmente e outras permitem o acesso somente em horários de intervalo. As leis trabalhistas não impedem que as empresas estipulem, no contrato de trabalho, condutas e posturas relativas ao uso das tecnologias – se aquele tipo de canal pode ser utilizado, qual ferramenta e como. Tais parâmetros também podem fazer parte de convenção coletiva.

Diversos casos mostram que muitas vezes as publicações podem complicar muito a imagem que os clientes têm em relação à uma empresa. Nos Estados Unidos, "dois empregados de uma grande rede de pizzaria postaram um vídeo no YouTube em que, por brincadeira, violavam as regras básicas de higiene na preparação de uma pizza. O vídeo rapidamente se tornou um fenômeno mundial de visualizações", afetando a imagem e a clientela da pizzaria, levando à despedida dos trabalhadores por justa causa. Em outras situações o uso das redes sociais também pode ser prejudicial à empresa no sentido estratégico como é possível ver em outro caso, um empregado de certa empresa do setor financeiro criou um blog e nele colocou informações sobre o balanço da companhia, com dados diferentes dos enviados à Comissão de Valores Mobiliários. A empresa recebeu uma advertência formal do órgão fiscalizador e o trabalhador foi despedido por justa causa.
Escritório do Facebook

O Brasil está entre os quatro países que mais acessam as redes sociais. A preocupação das empresas em relação à produtividade dos trabalhadores e à circulação de informações confidenciais por parte dos trabalhadores que navegam em horário de trabalho faz com que haja a adoção de programas visando monitorar os computadores utilizados pelos trabalhadores quanto ao uso das redes sociais utilizadas no ambiente de trabalho. É importante frisar que se existe esse monitoramento os empregados o direito de saber que estão sendo monitorados e quais são os limites desse monitoramento.

Apesar dos casos citados acima e dos mais diversos que se pode encontrar em uma simples pesquisa no Google, ignorar a existência de redes sociais e somente bloquear a utilização por parte de seus empregados não parece ser a saída mais adequada. Uma opção viável, ainda que se opte pelo bloqueio, é a criação de políticas sobre o uso e acesso adequado de redes sociais. Cabe às empresas a disciplina desses aparatos funcionais e pessoais tanto na sua utilização no ambiente de trabalho quando fora dele, vedando ou regulando a utilização e acesso a redes sociais nos horários que possam interferir na realização do trabalho, educando o funcionário sobre a importâncias das condutas exigidas em relação às redes e alertando quanto à proibição de revelar informações e estratégias empresariais.


Referências





http://atitudeenegocios.com/redes-sociais-no-trabalho/

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