quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

REDES SOCIAIS E AS MANIFESTAÇÕES POPULARES

Ao redor do mundo as manifestações já existem a séculos, sendo sempre utilizadas como uma forma de demonstrar a insatisfação popular com algo, como governos, ou para lutar por diretos, ou pela extinção dos preconceitos raciais, de gênero etc. Então desde a Tomada da Bastilha na Revolução Francesa, passando pela Reforma Protestante e pela Macha sobre Washington os seres humanos se agrupam e lutam pelo que acreditavam ser correto.


Já as redes sociais e virtuais como conhecemos são muito mais recentes, e elas trouxeram enormes possibilidades de socialização, comunicação e compartilhamento de informações. Elas possibilitaram a aproximação de pessoas ao redor do mundo através de atos muito simples, como seguir, curtir, compartilhar, comentar entre outros. E no momento estamos passando exatamente por uma fase de enorme expansão, com o surgimento das mais diversas redes.
E assim que o desejo de manifestar suas ideias se juntou com a percepção de que através das redes socias as manifestações poderiam atingir e unir um contingente muito maior de pessoas, passou-se a utiliza-las como uma ferramenta de disseminação de ideias e de convite para participar em atos populares, tornando assim o alcance dos eventos muito maior.
Falando especificamente do Brasil, um pais onde a adesão de mídias digitais por parte da população é muito grande, boa parte da população já viu em algum momento algo que fizesse referência a uma manifestação, e se juntamos o fator indignação, com o governo por exemplo, temos a formula necessária para gerar manifestações populares em grandes escalas. Sendo interessante também ressaltar que isso acaba por tirar a dependência em movimentos como como União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Diretório Central dos Estudantes (DCE), que frequentemente estavam ligados a partidos políticos.

E quando se fala em protesto, é comum já pensarmos diretamente nos grandes, aqueles juntam milhares de pessoas, entretanto as mídias socias favorecem protestos de todas as dimensões, grandes e pequenos, dando para todas as pessoas a oportunidade de expressar suas opiniões nos pequenos, e nos grandes e consolidados agregando ainda mais pessoas.
Uma outra possibilidade que foi aberta para os protestos é a de várias pessoas em diferentes locais do pais, ou até mesmo do mundo, se manifestarem sobre um mesmo tema e ao mesmo tempo sem precisar sair do local onde residem. Hoje se tornou muito mais fácil organizar um protesto em qualquer cidade, desde que tenha pessoas dispostas e internet.
Como exemplo do que foi dito acima pode-se citar as manifestações contra o governo federal realizadas no dia 15/03/2015, que segundo a Policia Militar reuniram mais de 2 milhões de pessoas em todos os estados brasileiros, onde as mídias sociais foram de fundamental importância para a organização do evento.

Outro exemplo que pode ser citado é a People's Climate March (Caminhada pelo Clima, no Brasil), onde em 2014 as pessoas se reuniram ao redor do mundo para cobrar providencias urgentes contra as mudanças climáticas. Nessa manifestação foram relatados protestos em mais de 2000 lugares espelhados por todo o mundo, e novamente o ato não teria sido possível sem a ajuda das redes sociais para ligar todas essas pessoas na luta por um mesmo objetivo.

Em suma, as redes sociais se tronaram uma ferramenta essencial e muito eficiente quando se fala em manifestações populares, permitindo que os organizadores atinjam um grande número de pessoas com suas ideias e convites, fazendo assim movimentos com uma maior quantidade de pessoas e com mais impactos na sociedade.  



Referências:  
<Http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/09/140921_manifestacoes_clima_cc> Acesso em: 02 de dezembro de 2015

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