Universidade Federal de Santa Catarina
EGC- Ambientes Virtuais de Aprendizagem
Aluna: Yasmin Tirloni Daux
Redes sociais na adolescência: impactos emocionais e desafios do uso excessivo
Introdução
As redes sociais transformaram profundamente a forma como os adolescentes se comunicam, se expressam e constroem sua identidade. Plataformas como Instagram, TikTok, Twitter e Snapchat fazem parte do cotidiano dessa geração, trazendo benefícios como acesso rápido à informação, conexão e oportunidades de aprendizado informal. No entanto, diversos estudos recentes têm levantado preocupações sobre os efeitos negativos desse uso contínuo e muitas vezes excessivo (SANTOS; OLIVEIRA, 2023).
Problemas como ansiedade, depressão, baixa autoestima e dependência digital têm sido cada vez mais associados à exposição prolongada às redes, especialmente quando ela envolve comparação social, cyberbullying ou busca constante por validação (GARCIA; SILVA, 2022). Especialistas apontam que, apesar das vantagens, o ambiente virtual pode afetar significativamente a saúde mental e emocional dos jovens, tornando-se um desafio relevante no contexto dos ambientes virtuais de aprendizagem (CNN BRASIL, 2025).
Contextualização: riscos de depressão entre adolescentes nas redes sociais
De acordo com a matéria da Forbes Brasil “Adolescência: o perigo invisível das redes sociais para os jovens”, um estudo da Universidade de Oxford revelou que adolescentes que passam mais de três horas por dia conectados às redes sociais têm 60% mais chances de desenvolver sintomas de depressão (FORBES BRASIL, 2024). Esse dado chama atenção para um ponto importante, já que o uso das redes se tornou parte da rotina diária de muitos jovens.
Vários fatores ajudam a explicar essa relação. Um deles é a comparação constante com outras pessoas, que muitas vezes são vidas idealizadas e filtradas nas redes, o que pode gerar insegurança, sentimento de inferioridade e insatisfação com a própria imagem (VEJA, 2024). Além disso, o cyberbullying continua sendo um problema sério nesse ambiente, com impactos diretos na autoestima e no bem-estar emocional dos adolescentes (AGÊNCIA BRASIL, 2025).
Pesquisas apontam que o uso passivo das redes sociais, ou seja, apenas rolar o feed sem interagir, também está ligado a sentimentos de tristeza, isolamento e desânimo (GARCIA; SILVA, 2022). Há indícios de que quanto mais tempo um adolescente passa online, maior o risco de desenvolver sintomas como ansiedade, distúrbios do sono e dependência digital (SANTOS; OLIVEIRA, 2023).
Essa dependência funciona de forma parecida com um vício, fazendo o jovem buscar a todo momento curtidas, comentários e validação, criando um ciclo difícil de quebrar (CNN BRASIL, 2025). Isso pode prejudicar a concentração, a convivência familiar, a qualidade do sono e, principalmente, a saúde mental.
Por isso, cada vez mais as pessoas têm alertado para a importância de um uso mais consciente das redes sociais entre adolescentes, tanto por parte dos próprios jovens, quanto das famílias e escolas (FORBES BRASIL, 2024; AGÊNCIA BRASIL, 2025).
O papel da família e da escola na mediação do uso das redes
Diante dos impactos que as redes sociais podem causar, o acompanhamento por parte da família e da escola se torna essencial (GARCIA; SILVA, 2022). Em casa, o diálogo aberto é uma forma muito eficaz de prevenção, já que os adolescentes têm espaço para falar sobre o que sentem, compartilhando experiências negativas vividas online e sendo ouvidos. Assim, as chances de adoecer emocionalmente diminuem.
É fundamental que os responsáveis por esses adolescentes estejam atentos a mudanças de comportamento, como irritabilidade, isolamento, sono irregular ou queda no rendimento escolar (AGÊNCIA BRASIL, 2025). Estabelecer limites claros de tempo de uso e incentivar outras atividades fora do ambiente virtual, como esportes, leitura ou hobbies, ajuda a manter o equilíbrio (SANTOS; OLIVEIRA, 2023).
Na escola, o papel dos professores e educadores também vai além do conteúdo curricular. Trabalhar em cima de temas como saúde mental, empatia, uso consciente da tecnologia e combate ao cyberbullying deve fazer parte do dia a dia dos colégios (GARCIA; SILVA, 2022). Oficinas, rodas de conversa e projetos interativos podem ajudar os alunos a refletirem sobre seus hábitos digitais e os impactos que eles causam, tanto para si quanto para os outros.
Além disso, incluir discussão sobre redes sociais pode ser um caminho natural para gerar consciência sem impor regras de forma autoritária. O objetivo não é proibir o uso das redes, já que seria algo muito difícil de se fazer, mas ensinar a utilizá-las de maneira mais saudável e crítica (CNN BRASIL, 2025).
Conclusão
As redes sociais fazem parte do cotidiano dos adolescentes e, embora ofereçam oportunidades de aprendizado, socialização e expressão, também podem trazer riscos sérios para a saúde mental (FORBES BRASIL, 2024; VEJA, 2024). O uso excessivo, a busca constante por validação e o contato com padrões irreais de vida e aparência podem contribuir para o desenvolvimento de ansiedade, depressão e baixa autoestima (SANTOS; OLIVEIRA, 2023).
Diante disso, é essencial que família, escola e sociedade estejam atentos e atuem de forma conjunta, promovendo uma relação mais consciente e equilibrada com o ambiente digital (AGÊNCIA BRASIL, 2025). Mais do que proibir ou vigiar, é importante educar para o uso saudável das redes, oferecendo suporte emocional e abrindo espaço para o diálogo (GARCIA; SILVA, 2022).
Com orientação, informação e acompanhamento, é possível transformar as redes sociais em ferramentas que somam na vida dos adolescentes, e não em fontes de sofrimento. O desafio é de todos, e começa com a escuta, cuidado e presença ativa de quem está por perto.
REFERÊNCIAS
FORBES BRASIL. Adolescência: o perigo invisível das redes sociais para os jovens. Forbes Brasil, 2024. Disponível em: https://forbes.com.br. Acesso em: 6 jun. 2025.
AGÊNCIA BRASIL. Adolescentes não têm apoio para lidar com redes sociais, diz pesquisa. Agência Brasil, 15 maio 2025. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 6 jun. 2025.
CNN BRASIL. Uso de redes sociais entre jovens é problema coletivo, diz Jonathan Haidt. CNN Brasil, 2025. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br. Acesso em: 6 jun. 2025.
SANTOS, M. C. A.; OLIVEIRA, A. S. A influência do uso excessivo das redes sociais na saúde mental de adolescentes: uma revisão integrativa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 6, n. 10, p. 85-101, 2023. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br. Acesso em: 6 jun. 2025.
VEJA. Excesso de redes sociais está associado a 45% dos casos de ansiedade em jovens. Veja Saúde, 2024. Disponível em: https://veja.abril.com.br. Acesso em: 6 jun. 2025.
GARCIA, A. L.; SILVA, T. R. O impacto das mídias sociais na saúde mental de adolescentes e jovens. Brazilian Journal of Information and Human Sciences, v. 5, n. 2, p. 44-56, 2022. Disponível em: https://bjihs.emnuvens.com.br. Acesso em: 6 jun. 2025.
Declaração de IA e tecnologias assistidas por IA no processo de escrita: durante a preparação deste trabalho, os autores utilizaram ferramentas de IAG (ChatGPT) no processo de planejamento, para aperfeiçoamento do texto e melhoria da legibilidade. Após o uso destas ferramentas, o texto foi revisado, editado e o conteúdo está em conformidade com o método científico. A autora, Yasmin Tirloni Daux, assume total responsabilidade pelo conteúdo da publicação.
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