quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Responsabilidade das redes sociais na desinformação sobre vacinas da Covid-19

    Com o advento da internet, o mundo mudou completamente. O acesso a informação se tornou acessível a uma parcela grande de pessoas, podemos nos comunicar com pessoas dos mais diversos locais do mundo, conversar com familiares que estão distantes de maneira instantânea, saber num piscar de olhos o que acontece na geopolítica mundial, entre outras incontáveis possibilidades. Atualmente é difícil imaginar a vida sem internet. Mas com esse recurso indispensável para nós também veio um problema que aos poucos foi se construindo: a desinformação
    O atual cenário da pandemia da Covid-19 e a vacinação são perfeitos para exemplificar como as desinformações se propagam pela internet. Mas antes de tudo, por que as pessoas desacreditam tanto nas vacinas. Na história, sempre houve pessoas e grupos que tentavam descredibilizar a vacinação, sempre argumentando tópicos que são facilmente desmentidos, mas que mesmo assim plantavam uma "sementinha de dúvida" na cabeça das pessoas. Porém um ato antivacina relativamente recente tem a nossa atenção. Andrew Wakefield, um médico britânico, publicou um artigo científico em 1998 onde  relacionava a vacina tríplice viral ao autismo. Andrew perdeu sua licença médica e o artigo desmentido, porém os danos causa foram grandes, com doenças já controladas tendo novos picos no Reino Unido e criando uma legião de seguidores da causa antivacina pelo mundo. 
    A descredibilização das vacinas feitas por Wakefield e por outras personalidades obviamente se espalha de maneira rápida pela internet. Uma rápida pesquisa por Facebook, Twitter e Youtube preocupa. Usuários de diversas faixas etárias afirmam de forma convicta que não vão tomar a vacina contra a Covid-19, além de não acreditar em outras medidas de segurança, como o uso de máscaras, distanciamento social e o lockdown. Mesmo que todas essas medidas, quando feitas corretamente, se mostrem efetivas e que possuem resultado, pessoas influentes continuam a negar seu funcionamento, com dados falsos e fazendo o possível para desmoralizar-las (o apelido "Vachina" foi amplamente dito por aqueles que não acreditam na vacina. Essa mensagem tem teor político pois, sendo que foi na China que começou o vírus e ser um país fechado e comunista)


Em vídeo, vereador Nikolas Ferreira, que ficou famoso por meio das redes sociais, questiona se a

máscara e o distanciamento social realmente são eficazes, mesmo não tendo nenhum estudo para isso

 

    Aqui precisamos entender os motivos do por que as pessoas propagam tais ideias e jogam elas para frente. No caso de Wakefield, muito antes do Covid, acreditasse que ele foi pago por uma empresa externa para publicar seu artigo. Já figuras da internet como Nikolas, por exemplo, parte mais para o lado político, baseando dos seus argumentos falaciosos como parte de uma cartilha de outras ideologias que não as suas. Em níveis muito maiores, o ex-presidente dos EUA Donald Trump, que é conhecido por propagar notícias falsas, também deu afirmações que davam uma dupla interpretação e caráter de dúvida as vacinas. Com isso vem o público geral, que compra a ideia e a propaga. Por exemplo, uma personalidade famosa que não acredita na vacina contra a Covid-19 é o guitarrista Eric Clapton, se posicionando de maneira forte em relação ao tema, compondo até uma música para mostrar sua indignação. Uma situação chega a ser curiosa: uma série de youtubers estariam sendo pagos por uma agência de marketing para espalhar desinformações sobre a vacina da Pfizer. Dentre esses, supostamente estaria o famoso youtuber brasileiro "Éverson Zoio".

    Esse comportamento se reflete na sociedade. Em uma pesquisa feita em janeiro, pouco mais da metade da população brasileira disse que vai tomar a vacina, um número relativamente baixo para combater o vírus. Nos Estados Unidos a situação é ainda mais preocupante. Mesmo sendo uma superpotência mundial e com vacinas de sobra, o país ainda falha em convencer em vacinar toda sua população. A situação é tão surreal que existem locais onde se pode ganhar uma quantia em dinheiro para ser vacinado. A demora que alguns países tem para se vacinar.
    Com isso, nesses momentos rodeados de incertezas, devemos fazer a nossa parte, respeitando os protocolos de saúde, nos informando sobre informações que achamos suspeitas e acreditando sempre na ciência. Fazendo isso, conseguiremos sair desse momento turbulento da história.

Vídeos que recomendo sobre os movimentos antivacina:



UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DISCIPLINA: REDES SOCIAIS E VIRTUAIS 
PROFESSOR: MARCIO VIEIRA DE SOUZA 
GRADUANDO: JOÃO PEDRO KOMOSINSKI
MATRÍCULA: 20103848

https://g1.globo.com/pa/para/votacao/voce-vai-tomar-a-vacina-contra-a-covid-19-3430702e-f478-4b22-bee8-dc8288325ddd.ghtml

https://pt.wikipedia.org/wiki/Andrew_Wakefield

https://edition.cnn.com/2021/07/19/politics/donald-trump-covid-19-vaccines/index.html

https://www.cmbh.mg.gov.br/vereadores/nikolas-ferreira

https://www.bbc.com/portuguese/geral-57975985?fbclid=IwAR0_BVerI-iyrUWrJTIZYwJXNhKGjERDUK0XRxtoKMn1ZsB0Q59DIp4TlwU

Nenhum comentário:

Postar um comentário