segunda-feira, 29 de junho de 2015

Redes sociais na escola

Escola e mídia. Duas instituições que estão cada vez mais próximas e, ao mesmo tempo, distantes. Embora não faltem teorias, estudos e cursos que defendam o trabalho conjunto entre elas, a interface não é das melhores. Muitas escolas ainda não sabem lidar com os meios de comunicação, cada vez mais presentes, influentes e ao alcance de crianças desde a Educação Infantil.

Hoje crianças de nove anos já possuem smartphones, e estão conectadas nas redes sociais diariamente, e é claro que elas trarão esse mundo para dentro da escola. E cabe a escola e os professores se adaptarem a esse mundo das redes sociais, usando essa tecnologia para o benefício de todos.

Porém não é isso o que realmente acontece, pois em junho do ano passado, a mídia noticiou com grande destaque o caso da estudante Jannah Nebbeling, 15 anos, aluna do Colégio PH, no Rio de Janeiro. Na época, ela disse ter sido coagida pela direção da escola por ter criado uma comunidade no Facebook para debater assuntos escolares e divulgar as respostas dos deveres de casa que valiam pontos. A página era acessada por cerca de 700 alunos. Para a estudante, uma ação normal. Para a escola, uma cola virtual.

O caso foi parar na polícia. A mãe da aluna processou a escola pela forma como a instituição conduziu o problema: suspendeu a aluna por cinco dias. A escola diz ter chamado o responsável de cada aluno que estava participando da comunidade para uma conversa particular, explicando que se tratava de uma cola indevida, um processo não pedagógico.


A revistapontocom conversou com especialistas nas áreas de tecnologia e educação para contribuir com o debate. Afinal, como é possível estabelecer uma interface criativa e construtiva entre a escola e, hoje, as redes sociais? Como eles avaliam o caso da aluna? Que pontos positivos é possível tirar deste caso?

A ação da aluna, na visão do professor do Colégio Pedro II, Sérgio Lima, pode ser considerada como um resultado conservador do sistema de avaliação da escola, que, de certa forma, incentiva a necessidade dos alunos colarem. Para Sérgio, se as escolas continuarem funcionando e propondo atividades condizentes com os resquícios da sistematização da Era Industrial, essas contradições serão cada vez mais frequentes. “Se a escola mudar as formas de aprendizagem e avaliação, a cola poderá não fazer mais sentido”, avalia.

Para o professor, o episódio é um prato cheio para as escolas que desejam continuar fechadas para o novo mundo tecnológico. Mas também é, ao mesmo tempo, uma ótima reflexão para as que querem, de fato, ampliar suas potencialidades e limites. “As escolas que querem uma desculpa para continuarem no século XIX poderão tomar este episódio como argumento a favor de seu neoludismo – uma ideologia que se opõem às novas tecnologias. Já as escolas que sabem que os desafios para se educar no nosso atual contexto informacional são enormes tomarão este episódio como um convite para a reflexão”.

Na avaliação da professora Camila Lima Santana, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do IF Baiano , deixar de lado as tecnologias e, mais especificamente as redes sociais, não é uma boa estratégia. Afinal, as tecnologias são um elemento forte e contundente da atual cultura contemporânea. As redes sociais, assim como as clássicas instituições, como a escola, também favorecem a interação e a constituição de conhecimentos e valores. Portanto, afirma a professora, devem ser, pelo menos, objeto de discussão.

É preciso olhar para o que está disponível na rede e apropriar-se de sua lógica para direcionar práticas pedagógicas e incentivar o diálogo com esses espaços, pois neles circulam informações, saberes e experiências, elementos fundamentais para o processo educativo. É preciso aliar essa dinâmica à práxis, compreendê-la, debatê-la e abrir as portas da escola para o mundo que a internet representa”, afirma.


Analisando o caso, acho que a punição imposta pela escola é absurda e não condiz com a nossa realidade. Primeiramente todos já foram alunos, e sabemos que passar as repostas para os colegas é comum dentro das escolas e até hoje não vi ninguém que tenha sido punido por isso. Neste caso a estudante fez isso no meio virtual e a direção tomou providências exageradas.

O que a instituição deveria entender é que entrar em uma guerra contra as redes sociais é perda de tempo. O que professores e diretores deveriam fazer é usar essa ferramenta para dar auxílio ao aluno, e até dando um diferencial na metodologia de ensino. Como aconteceu em uma turma de inglês que estudei, tínhamos um grupo da aula, onde qualquer um poderia publicar matérias em inglês, como também a professora postava os exercícios que deveriam ser feitos e os recados importantes que haviam sido passados em aula.

E hoje na aula de redes sociais percebo que não é difícil usar as redes sociais como meio de estudo. Antes pensava que redes sociais era usado apenas para diversão, mas hoje vejo que ela pode ser usada como um meio de aprendizagem e integração entre aluno e professor.
Portanto, vincular as redes sociais a educação é possível sim. Usar seus benefícios traria uma dinamicidade para os alunos, como também proporcionaria uma visão e controle do que os alunos querem e postam.


A matéria completa pode ser vista no site: http://www.revistapontocom.org.br/materias/redes-sociais-na-escola

Aluna: Bárbara Junckes

Disciplina: Redes sociais

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