quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Tecnologia digital e inovação - o impacto dessas duas variáveis na transformação bancária.

Economia - UFSC
Aluno - Luis Guilherme Morás Dias
Matrícula - 16201043

Tecnologia digital e inovação - o impacto dessas duas variáveis na transformação bancária 

Desde sempre nos deparamos com um sistema bancário com grande concentração e lentidão. Imaginar ir a um banco resolver um problema com seu gerente ou até realizar operações simples, como pagamento de um boleto, sempre foram dor de cabeça para muitos indivíduos. Diante de um sistema concentrado e lento, os bancos se tornaram sinônimo de estresse.
A enorme burocracia enfrentada para clientes PF e PJ sempre foram um entrave para o desenvolvimento econômico, uma vez que, para tudo que se fosse solicitado, se demandava muito tempo. 

Com o desenvolvimento de muitas tecnologias ao longo do tempo, bancos ao redor do mundo têm percebido que investimentos em tecnologias digitais são uma das formas de beneficiar a aquisição de novos clientes, bem como conquistar a satisfação. O setor bancário está em desenvolvimento de melhorias de suas capacidades digitais em atividades front office e para muitas instituições de varejo, os canais virtuais e móveis se tornaram tão importantes quanto agências e caixas eletrônicos.

Em maio de 2013 surgia o Nubank, cartão de crédito isento de tarifas ou anuidades e 100% digital. Em 2017, a base de clientes da startup dobrou com relação a 2016, atingindo 3 milhões de pessoas. Uma conta digital completa.
A rápida expansão representa a inevitável conquista de espaço em um país com instituições altamente burocráticas e concentradas.

A pesquisa global da Deloitte “Transformação digital no setor bancário: Descobertas sobre consumidores”, entrevistou 17 mil consumidores bancários em 17 países para medir o estado atual de envolvimento com tecnologias digitais dos bancos e aponta as expectativas e percepções dos utilizadores sobre os recursos disponíveis e as potencialidades do uso desses serviços em ações cotidianas.
Segundo o levantamento, os sistemas bancários e os comportamentos dos usuários variam entre diferentes mercados e regiões geográficas. Os consumidores também demonstram estar prontos para um nível maior de engajamento com os canais bancários. Oitenta e quatro por centro utiliza serviços bancários online e 72% faz uso de aplicativos móveis para acessar suas operações.
A transformação digital é tema prioritário para a maior parte das empresas, especialmente as instituições financeiras. O assunto está na pauta dos principais executivos, dos conselhos e nas campanhas de marketing.
Um exemplo é a entrevista dado pelo presidente do Itau Unibanco, Roberto Setubal, ao Estadão, afirmando que o banco não tem as respostas que deseja, dentro do cenário de grande transformação do sistema financeiro, mas que está aberto a se reinventar e se adaptar. "Estamos vivendo um mundo em grande transformação. Não temos resposta para o que queremos e isso nos angustia toda noite... Fintechs estão batendo na nossa porta todo dia. Estamos discutindo bastante isso no banco", admitiu ele.
E essa preocupação de se reinventar e se adaptar as transformações, é fato relevante. Pois os bancos tradicionais sentem no bolso o impacto das fintechs e bancos digitais no crédito. É o que revela pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Entre os consumidores que utilizaram cartão de crédito nos últimos 12 meses, a maioria (76%) foi de instituições de financeiras tradicionais e 36% de lojas varejistas. No entanto, 21% dos entrevistados já adotam cartões de crédito ligados a fintechs ou bancos digitais como meio de pagamento no dia a dia. Número que cresce entre os mais jovens, chegando a representar 32% dos casos.

Os principais atrativos para a escolha do serviço são isenção de anuidade e juros e taxas mais baixas em relação aos bancos tradicionais (54%). Além disso, 49% apontam a vantagem de resolver tudo pelo celular, sem a burocracia do atendimento presencial em uma agência. Outros 41% destacam a aprovação de crédito mais rapidamente e de forma menos burocrática.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o avanço das fintechs reflete as transformações que o segmento de serviços financeiros vem enfrentando atualmente. "O consumidor se tornou mais exigente à medida que passou a ter controle sobre como e quando terá acesso a determinados produtos. Cenário que levou à popularização dos bancos 100% digitais, os quais têm como apelo a oferta de serviços com mais eficiência e melhores taxas", explica o presidente.

Posso concluir que, com a adesão de tecnologias em atividades cotidianas, consumidores de todo o mundo esperam que os bancos interajam de forma mais assídua por meio de plataformas digitais. O setor bancário precisa identificar quais são os principais serviços digitais utilizados por seus clientes e como podem atender de forma suficiente às suas necessidades.





Nenhum comentário:

Postar um comentário