Para o ministro da Educação Abraham Weintraub "[O Enem Digital] é o futuro que se abre. Depois de 100 anos de provas sendo realizadas no papel, a educação brasileira aponta para o futuro e vai abrir processo para fazer o Enem em uma versão digital".
Em relação aos custos, devem ser desembolsados R$ 20 milhões inicialmente, atualmente os custo de de aproximadamente R$ 500 milhões para 5 milhões de participantes, o que é um valor expressivo mas com perspectivas de redução ao longo dos anos.
De acordo com o presidente do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Alexandre Lopes a prova vai ser aplicada nos mesmos moldes, mas não necessariamente em escolas, basta ter uma sala com a estrutura adequada com computadores fornecido pelas empresas escolhidas ou por parceiros. A ideia é de que ao longo do tempo, as provas possam ser feitas em mais de uma data durante o ano tirando a "pressão" de um dia somente. As maiores preocupações se devem ao risco de fraudes, mas o risco de acesso às notes já existe atualmente, e as provas devem ser feitas com controle digital e monitoramento de fiscais.
Para o MEC a prova feita de forma digital facilita a diversificação, dado a recente reforma do Ensino Médio, provas específicas podem ser feitas e amplia-se o banco de questões. A expansão do Banco de Itens também foi levado em conta (questões para a prova). Além de conseguir adaptar a prova ao Novo Ensino Médio, a proposta é por uma prova mais interativa com a inserção de vídeos, gráficos e até jogos. Essa mudança é significativa é um país com exclusão social, onde somente 38% das escolas públicas têm computadores disponíveis para alunos, e que foi tentado por outras gestões mas nunca avançou.
Para o presidente do INEP essa perspectiva de um ENEM digital em 2026 cria pressão positiva em relação ao poder público para disponibilizar uma infraestrutura adequada para a aplicação das provas reduzindo as desigualdades de oportunidades ao facilitar a ampliar locais para os alunos fazerem a prova.
Os objetivos segundo o INEP são:
-Aplicação em meio digital (computador), com a realização em várias datas
ao longo do ano, por agendamento;
-Permitir avaliar o aluno com outros tipos de questões, usando vídeos,
infográficos, games (interatividade);
-Aplicação em mais municípios aproximando os exames dos alunos;
-Redução da complexidade da logística de aplicação de exames;
-Foco no desenvolvimento da avaliação do aluno;
-Possibilidade de avaliar os diversos itinerários previstos com a reforma do
ensino médio;
-Potencializar as individualidades dos alunos a partir de instrumentos de
inteligência artificial (ex.: orientação aos alunos).
Mudanças desse tipo mostram as amplas possibilidades de aplicação dos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) ao facilitar acesso à uma importante prova, bem como melhorar a qualidade da mesma dados os novos recursos de avaliação seja utilizando vídeos, games dentre outros.
Capitais – Confira as capitais que receberão a prova em formato digital em 2020:
Belém (PA);
Belo Horizonte (MG);
Brasília (DF);
Campo Grande (MS);
Cuiabá (MT);
Curitiba (PR);
Florianópolis (SC);
Goiânia (GO);
João Pessoa (PB);
Manaus (AM);
Porto Alegre (RS);
Recife (PE);
Rio de Janeiro (RJ);
Salvador (BA);
São Paulo (SP).
REFERÊNCIAS:
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