quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Como as redes sociais controlam a política e o mercado

Autor: Rafael Trupel Schmidt (17100954)

O termo rede social não é necessariamente sinônimo de Facebook, WhatsApp, Twitter, Instagram e etc., estas são redes sociais virtuais. Podemos pensar “redes sociais” como sendo suas relações de amizade/inimizade, seu espaço de trabalho/estudo, sua família e etc. Mas as mesmas regras que se aplicam entre você, sua mãe e seus irmãos também se aplicam a União Europeia, a China, a Rússia, e os demais países do mundo.
(fonte: leverageedu.com)

As redes sociais também tem forte influência sobre a forma como os governantes governam, em seu livro publicado em 2011, Bruce Bueno de Mesquita e Alastair Smith analisam como o poder é adquirido e mantido em democracias e ditaduras (bem como as condições que favorecem a existência de um ou outro) através da perspectiva da teoria dos jogos.

Mas, se você não está com tempo para ler as 350 páginas do livro, o vídeo a seguir do YouTuber CGP Grey trás um bom sumário das ideias principais, só não esqueça de ligar as legendas!


Mas as redes sociais não influenciam apenas o jogo político, como explorado no artigo de Mark Granovetter, elas também influenciam a maneira como o mercado funciona. Não podemos ignorar a importância das relações sociais no funcionamento do mercado.

Nos tempos antigos, quando ainda se usava dinheiro físico para pagar as coisas, as pessoas geralmente entregavam o dinheiro ao caixa, recebiam o troco e iam embora com seus produtos, sem verificar se o troco estava certo ou não.

Se você partir do pressuposto que uma empresa quer maximizar o lucro, por qual motivo os gerentes não mandavam os caixas pegarem dinheiro a mais? Isso até acontecia, mas quando era descoberta, a informação se espalhava, e a reputação do negócio ia por água abaixo (sem falar nos processos judiciais).

Se existe uma coisa que qualquer empresário sincero fala sobre clientes é “eles são ingratos de mais!”, para um cliente falar bem, a empresa tem que fazer de tudo e mais um pouco, mas para falar mal, basta um errinho ou um pequeno atraso.

Além da questão dos clientes, as empresas também se relacionam com fornecedores e até concorrentes. Existe algum motivo para uma empresa querer colaborar com um concorrente? Como estudantes de administração, eu posso afirmar que sim. Por exemplo, um grupo de empresas pode se juntar para tentar exercer pressão política para aprovar ou rejeitar alguma reforma na legislação, ou podem se juntar em uma associação para tentar  resistir contra um player maior (como pode ser explicada a existência da ABRABE - Abrabe Associaçao Brasileira de Bebidas -, cujo maior concorrente seria a Ambev).

Referências:
  • SMITH, A. e MESQUITA, B. THE DICTATOR’S HANDBOOK: Why Bad Behavior Is Almost Alway Good In Politcs. PublicAffairs, Estados Unidos, set. 2011.
  • GRANOVETTER, M. Econômica e Estrutura Social: o Problema da Imersão, ERA -revista de administração de empresas, vol. 6, n. 1, jan.-jun. 2007.
  • CGP Grey, The Rules for Rulers, YouTube, disponível em (<https://www.youtube.com/watch?v=rStL7niR7gs>), publicado em 24 de out. de 2016, acessado em 29 de out. de 2019.
  • Lobismo, Wikipédia, disponível em (<https://pt.wikipedia.org/wiki/Lobismo>), acessado em 30 de out. de 2019.
  • Teoria dos jogos, disponível em (<https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_jogos>), Wikipédia, acessado em 30 de out. de 2019.
  • ROLLI, C. e FERNANDES, F. Concorrentes vão à SDE contra garrafa da AmBev, Folha de São Paulo, São Paulo, 4 de abr. de 2008 disponível em (<https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0404200828.htm>), acessado em 30 de out. de 2019.


Nenhum comentário:

Postar um comentário