quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Abertura da estratégia e os Ambientes Virtuais de Aprendizagem

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Autor: Lucas Eduardo de Souza Poleza

A empresas do século XXI buscam cada vez mais resultados exponenciais, para isso têm se refletido muito sobre estratégias que permitem o aumento da produtividade e o comprometimento dos colaboradores. O início da abertura da estratégia se inicia na década passada, quando empresas de software aderem à coletividade por meio da abertura de inovações. Mas o que caracteriza essa abertura?



A abertura da estratégia segundo Whittington et al. (2011) ocorre por meio de duas dimensões: (i) transparência e (ii) inclusão. Nesse sentido, transparência é a abertura ao conhecimento das ferramentas estratégicas e a inclusão é o número de pessoas envolvidas no processo de decisão estratégica.  A partir disso, surge a ideia de utilizar ambientes virtuais para aumentar o engajamento dos funcionários. Nketia (2016) afirma que o aumento da participação do colaborador na estratégia da organização aumenta a sensação de pertencimento.

"O aumento da participação do colaborador na estratégia da organização aumenta a sensação de pertencimento."

Sendo assim, a empresa de consultoria Delloite realizou uma pesquisa com 9.453 líderes ao redor do mundo, e observou-se que de acordo com esses executivos, 85% dos empregados estariam com problemas de engajamento. A partir disso, surge a ideia de implementar um ambiente virtual com a intenção de aumentar a quantidade de recursos digitais disponíveis aos colaboradores.

Geralmente os ambientes virtuais são utilizados para a gestão de equipes e para facilitar a comunicação digital entre as pessoas dentro de uma organização. Mas e se esses ambientes fossem utilizados como uma ferramenta para abrir a estratégia da empresa e incluir os colaboradores no processo de decisão estratégica?



A autora Barbara Nór afirma que a melhoria do acesso às informações aumenta a colaboração das pessoas e assim ajuda a empresa a identificar oportunidades e ganhar relevância estratégica. Além disso afirma que é necessário que existam regras para não ferir os direitos humanos e prejudicar a segurança das informações.

Mas as empresas também podem utilizar ambientes digitais para auxiliar seus colaboradores a entenderem melhor a estratégia da organização (transparência), e proporcionar a oportunidades para que estes participem das decisões estratégicas (inclusão). Consequentemente o engajamento em torno do objetivo da empresa aumentaria.

"auxiliar seus colaboradores a entenderem melhor a estratégia da organização (transparência), e proporcionar a oportunidades para que estes participem das decisões estratégicas (inclusão)"

Barbara também aponta quatro pontos de atenção para criar um ambiente virtual eficiente:

  • Usabilidade
É preciso estar preparado para oferecer uma experiência fluida aos funcionários, por isso é necessária uma avaliação se os funcionários podem utilizar o sistema em vários dispositivos.
  • Comunicação
Facilitar a comunicação e o compartilhamento de informações.
  • Segurança
Gestão de dados adequada, abrir a estratégia de acordo com as próprias estratégias da organização.
  • Comportamento
Oferecer suporte aos usuários para evitar a ineficiência.

Fonte: Revista Exame (2019)



Por meio da abertura da estratégia, as empresas tendem a modificar os diferentes tipos de trabalho para serem mais criativos. Isso aumenta a flexibilização e o engajamento, além de aumentar a sensação de pertencimento. As organizações podem proporcionar a abertura de sua estratégia e propor transparência e inclusão para gerar criatividade e aumentarem o senso de pertencimento dos seus empregados.

Os ambientes virtuais de aprendizagem podem oferecer uma grande solução para as empresas e para o mercado, também possuem grande influência de modificar a relação empresa/colaborador. Isso pode significar um grande avanço no tema de abertura da estratégia e introduzir uma nova maneira de se pensar estratégia dentro das organizações.

REFERÊNCIAS


CHESBROUGH, H. W.; APPLEYARD. M. M.. Open Innovation and Strategy. California Management Review, v.50, n.1, p.57-76. 2007.

WHITTINGTON, R.; CAILLUET, L.; YAKIS-DOUGLAS, B. Opening Strategy: Evolution of a Precarious Profession. British Journal of Management, v.22, p.531-544. 2011.

NKETIA, B. A. The influence of open strategizing on organizational members’ commitment
to strategy. Social and Behavioral Sciences, v.235, p.473-483. 2016.

NÓR, Bárbara. Estas empresas tiveram maiores resultados implementando ambientes digitais. 2019. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/carreira/estas-empresas-tiveram-maiores-resultados-implementando-ambientes-digitais/>. Acesso em: 17 jul. 2019.

ZIEGLER, N. L.; POLEZA, L. E.S.; LAVARDA, R. B. A Materialização da Estratégia na Relação Entre Open Strategizing e Tipos de Trabalho: Um Ensaio Teórico. In: Simpósio de
Administração da Produção - FGV. São Paulo. Anais do XXII SIMPOI, p.1-14. 2019.

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