A ascensão do e-commerce 

O e-commerce, como é conhecido no Brasil, é a abreviação do termo em inglês "eletronic commerce" ou comércio eletrônico em português. Teve início na década de 90 com o objetivo do comercio de produtos e serviços, efetuados pela internet.

As empresas pioneiras em vendas online, no Brasil, foram o Submarino, o Grupo Pão de Açúcar e as lojas Americanas.

Inicialmente eram vendidos apenas produtos pequenos, de valores baixos e tangíveis, como livros, CDs, DVDs e etc. Hoje, o cenário que nos encontramos é diferente, efetuamos compra de serviços, todos tipos de produtos, pacotes de viagens, etc. Além disso, hoje existem produtos virtuais e que não precisam mais ser entregues fisicamente na casa do comprador como, por exemplo, e-books, músicas e vídeos digitais.

O crescimento do comércio eletrônico, prospectou o crescimento da confiança do consumidor e assim gerou o um maior investimentos de empresas em todos os setores.

O conhecido comércio eletrônico se tornou um fenômeno mundial, a praticidade de poder fazer a compra de onde estiver, sem que fronteiras físicas sejam um empecilho, a facilidade de comparar valores e fazer pesquisas de produtos, entre outras coisas são algumas vantagens desse setor de vendas.

Sendo definido por Salvador (2013, p. 11) como “uma transação comercial feita através de meios eletrônicos, com transferência de fundos e dados por meios eletrônicos e troca de informações. De maneira geral, é uma compra feita a distância. É poder ir ao shopping de pijama: comprar sem sair de casa, do escritório, por computador, celular ou por outro dispositivo”.

Segundo Teixeira (2015):

O comércio eletrônico ou e-commerce representa parte do presente e do futuro do comércio. Existem várias oportunidades de negócios espalhadas pela internet, além de muitas que são criadas em todo momento. É bem provável que uma pesquisa de preços na internet traga não só o menor preço, como também melhores opções de bens. E, apesar do gargalo representado pelo analfabetismo digital de uma grande parcela da população, o e-commerce já desponta junto a uma geração que nasceu com o computador no colo ou nas mãos. O crescimento do número de internautas na última década é espantoso (TEIXEIRA, 2015, p.19).

Assim o e-commerce vem provando a dimensão que vem ganhando ao passar dos anos.

 O mercado competitivo de hoje exige que as empresas estejam em todas as partes do mundo ao mesmo tempo. O e-commerce apresenta-se como uma ferramenta de longo alcance e com uma significativa vantagem competitiva para a posição num mercado global. Empresas sempre querem estar onde seus potenciais clientes estão, e na internet todos estão todos e qualquer tipo de consumidor reunidos em um só lugar. (SMITH; SPEAKER; THOMPSON, 2000)

O e-commerce é o futuro da maioria da empresas, onde elas terão que se adaptarem para oferecer um bom custo/benefício ao consumidor que será cada vez mais exigente. Está fortalecendo as necessidades e o valor inovador dos processos de negócio, abrindo novas formas de relações entre as empresas, capacitando novos mercados, novos negócios e novos paradigmas de marketing

Ele proporciona diversas vantagens para clientes e fornecedores, uma delas é a facilidade na divulgação dos produtos e serviços que estão sendo vendidos, mostrando suas características e diferenciais. Isso se dá pelo chamado “Marketing Digital”, ferramenta do marketing presente no e-commerce de forma natural, pelo fato dos dois serem frutos do crescimento e inovação da Internet. (SILVA; PADILHA, 2017). 

Empresas comerciais em todo o mundo e, empreendimentos pessoais podem ganhar, economicamente e, socialmente, a partir de abordagens do e-commerce. Podendo aplicar essas abordagens para localizar novos clientes, contatos e fornecedores locais e globais. Oferecer também, valor adicional através de um melhor serviço aos clientes existentes e novos, melhorar a eficiência do seu desempenho 35 empresarial, propor novos serviços e produtos, ou iniciar novos empreendimentos (PAYNE, 2005).

Podemos então explicar que o dentro do e-commercer o marketing é essencial, porém conseguimos concluir que o e-commerce é também uma ferramenta de marketing para as empresas, ou seja, o comércio eletrônico atribui visibilidade para empresas. Além do que empresas que estão fora da Internet, acabam perdendo espaço no mercado competitivo.

Podemos observar na fala do Torres (2009, p.67):

Internet se tornou um ambiente que afeta o marketing de sua empresa de diversas formas, seja na comunicação corporativa seja na publicidade, e continuará afetando o marketing mesmo que você não invista um centavo nela. Ao contrário da mídia tradicional, em que o controle é dos grupos empresariais, na Internet o controle é do consumidor. Assim, mesmo que você não participe dela, seus consumidores estão lá, falando sobre seus produtos e serviços, comparando sua empresa com as da concorrência, e, finalmente, buscando formas de se relacionar com sua marca.

A Internet é um cenário que cresce rápido, e que possui diversas opções para empresas atingirem seus consumidores. Para isso, é necessário um bom planejamento, pesquisa e conhecimento. Desta forma, comerciantes necessitam usar esses recursos a seu favor, caso contrário, correm o risco de ficarem excluídos do mercado e ainda perderem clientes.

Pode-se então concluir que o comércio eletrônico vem inovando o mercado de vendas, onde empresas tem que se adaptar em diversos setores, principalmente o marketing. A competitividade cresce junto ao consumidor exigente, que possui mais autonomia e facilidade para pesquisas e comparações de preços, qualidade, etc. Assim a empresa tem que estar bem estruturada e com um investimento crescente dentro do marketing.

REFERÊNCIAS:

SALVADOR, M. 2013. Gerente de E-commerce. 1° edição – Abril de 2013. São Paulo. Editora: Ecommerce School.

TEIXEIRA, T. 2015. Comércio Eletrônico: Conforme o Marco Civil da Internet e a regulamentação do e-commerce no Brasil. São Paulo: Saraiva.

SMITH, Rob. ; SPEAKER, Mark. ; THOMPSON, Mark. O Mais Completo Guia Sobre ECommerce 1. ed. São Paulo: Futura, 2000.

SILVA, João Antônio Farias da; PADILHA, Rafaela Oliveira. E-COMMERCE E MARKETING DIGITAL NO DESENVOLVIMENTO DE UM SITE DE RECOMENDAÇÕES – O CASO iOBRAS. 2017. 78 f. TCC (Graduação) - Curso de Tecnologias da Informação e Comunicação, Ufsc, Araranguá, 2017.

PAYNE, A.F.T. and Frow, P., 2005. A strategic framework for customerrelationship management. Journalof Marketing, v. 69 (4).

TORRES, C. Bíblia do Marketing digital. São Paulo: Novatec, 2009.