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domingo, 17 de junho de 2018

O que é transformação digital nas empresas?

Hoje é difícil pensarmos nosso cotidiano sem a presença de algum dispositivo que transforma em bits simples operações como olhar as horas ou assistir à televisão. Seja de forma mais explícita (quando nos conectamos à internet) ou não. Hoje 90% dos dados disponíveis no mundo foram criados nos últimos 2 anos. E como isso pode impactar os negócios?


Na cena empresarial a realidade digital é fundamental ao próprio funcionamento de uma organização. Não importa seu campo de atuação, o uso de  internet é indispensável. Sistemas integrados de gestão, páginas e portais corporativos na web e intranets são hoje meios de operação, etc. Hoje as discussões sobre comunicação em redes está na em como construir  relacionamentos da empresa com seu público de forma mais assertiva.


Além disso, a digitalização em rede traz mudanças culturais que para a rotina das empresas, hoje graças as redes é possível uma empresa inteira trabalhar remotamente e cada funcionário estar em um canto do globo.


Hoje a relação organização/tecnologias digitais tem como um dos pontos mais sensíveis a adequação de ritmos: a rapidez da inovação digital e  as diferenças em sua absorção e implementação por parte da organização (delimitada pela estrutura) e da relação com seus stakeholders. Diante disso se faz necessário a transformação digital das empresas: a necessidade de reestruturação de processos de empresas, que passam a absorver uma cultura digital com o objetivo de ganhar produtividade.


Isso vai além de ter uma página no Facebook ou fazer o armazenamento de arquivos na nuvem. Para realizá-la, é necessário fazer mudanças estruturais na empresa, colocando a tecnologia como elemento central. Configura-se em uma estrutura operacional que possibilitará transformações na estrutura de sustentação econômica e de configuração de mercado para esse cenário.
Também que é importante que a transformação digital parta do topo da empresa, e não do setor de TI, por exemplo. Isso porque exige investimento financeiro e planejamentos que afeta toda a empresa.
A transformação digital deve beneficiar diversas áreas da empresa, por exemplo:

- Melhorar a experiência do cliente, segmentando melhor o público, abordando-o de forma personalizada e mais satisfatória, fazendo ofertas bem direcionadas, fazendo monitoramento e conseguindo feedbacks para fazer melhorias.

- Também para ter processos operacionais mais eficientes, podemos motivar os funcionários, mostrando como deixar de gastar energia com atividades desnecessárias e ganha mais produtividade, transformando processos offline em processos digitais.

Por exemplo, em vez de marcar reuniões constantes, é possível capacitar os funcionários para  que utilizem ferramentas de gestão de processos, que tornam tudo mais rápido e eficiente. Trello e o Slack, que servem, respectivamente, para acompanhar o andamento de projetos e para facilitar a comunicação entre os membros de time.
Transformação digital facilita e operacionaliza a mudança de mindset e cultura das organizações:


Diante da força transformadora que surge na sociedade,toda empresa deveria buscar responder a algumas perguntas-chave que podem ajudar no começo da transformação digital
  • Como o mundo das redes sociais é vai ajudar o negócio?
  • Como gerenciar essa inovação?
  • Quais tarefas e processos muito mecânicos e repetitivos eu poderia otimizar?
  • Como tornar mais eficiente a comunicação na empresa?


A transformação digital pode levar certo tempo e requer investimento financeiro e pessoal de todos, porém é pode ser um ganho tanto no curto quanto no longo prazo.


Por Arthur Ferreira Dutra Referências:

CHAKHOYAN, Andrew.  Is the era of management over? Revista We Forum, 2017. Disponível em: <https://www.weforum.org/agenda/2017/12/is-management-era-over>

CORRÊA, Elizabeth Saad. A comunicação digital nas organizações: tendências e transformações. Organicom, v. 6, n. 10-11, p. 161-167, 2009.

WCK, Agência. Como transformar digitalmente a sua empresa? Blog de marketing digital da Resultados Digitais, 2017. Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/blog/como-transformar-digitalmente-a-sua-empresa/>



sábado, 26 de novembro de 2016

Redes organizacionais: A emergência de um novo paradigma?



O conhecimento e a informação estão presentes em todas as esferas da sociedade, e quando transformadas em ações práticas, tem poder de modificar as relações sociais e econômicas do mundo em que vivemos. Neste contexto, temos as redes sociais. A configuração em rede é intrínseca à natureza humana, não é possível vivermos isolados das redes sociais as quais compõem a sociedade, que nada mais é do que uma grande rede. Mas e as corporações? Como se comportam dentro delas, as redes sociais?

O meio corporativo, assim como qualquer outro, é recheado de relações sociais que funcionam em rede. Seja a relação com parceiros, fornecedores, clientes ou entre seus próprios colaboradores, a empresa só funciona dentro de uma lógica de redes sociais. Não há empresa sem uma rede que a sustente!

As redes sociais que constituem e em que estão constituídas as empresas, podem ser classificadas em dois níveis: Interorganizacional e Intraorganizacional. A rede Interorganizacional diz respeito às relações estabelecidas entre a empresa e outros atores, como parceiros, fornecedores, franqueados, etc. A rede Intraorganizacional diz respeito às relações estabelecidas internamente, pelos atores sociais da empresa/corporação, seus funcionários, colaboradores.

No decorrer do século anterior, observamos uma mudança na característica das redes organizacionais nas empresas, uma mudança de padrão e de valores na estrutura administrativa/produtiva da organização. No início do século XX, tínhamos basicamente um modo de produção essencialmente fordista, com estrutura hierárquica bem definida, organizada de modo vertical, tarefas bem definidas e atríbuidas, excesso de burocracia e controle. As empresas grandes estavam basicamente estruturadas em forma de oligopólio e não haviam desafios na produção que demandassem uma mudança estrutural. Enquanto isso, as pequenas empresas trabalhavam de modo isolado e de certa forma, independente. Esta foi a estrutura organizacional padrão utilizada até o fim da era de ouro do capitalismo.

A partir dos anos 70, podemos observar uma crescente tendência de mudança nos sistemas organizacionais. À medida em que vinham a tona diversas mudanças no mundo, de cunho econômico, tecnológico e institucional, se tornou crescente a pressão por um novo modelo capaz de acompanhar as novas exigências.

Na década de 70 houveram uma série de crises econômicas que acabaram por afetar a vida de muitos países. Tivemos uma crise no sistema monetário internacional e em seguida houveram as crises do petróleo de 1973 e 1979, levando à recessão econômica e inflação. Além disso, esta epoca é marcada por uma enorme aceleração no desenvolvimento tecnológico, sobretudo em países como Estados Unidos e Japão, que se segue até os dias atuais e que exigiram uma mudança no modus operandi das organizações.

A crescente mudança neste cenário, deu origem a um consumidor mais exigente, com necessidades diversificadas e que preza por produtos e serviços de maior qualidade e por mais opções de consumo. O modelo clássico fordista não era capaz de suprir esse mercado mais dinâmico e exigente que se formara.

No Japão nasce um novo modelo estrutural de organização, batizado de Toyotismo e posteriormente citado também como Lean Manufacturing. Este modelo, ao contrário do modelo fordista, possibilita a produção flexível, que o novo mercado necessitava. Esse modelo de produção foi capaz de suprir as novas necessidades da produção, levando a um aumento na eficiência e na produtividade. Enquanto isso, observa-se uma maior adoção do sistema orgânico.

T. Burns e G.M. Stalker elaboraram, como representantes da Teoria da Contingência, uma pesquisa no Reino Unido para identificar como funcionavam a relação entre o ambiente e as práticas administrativas das empresas. Eles então classificaram as organizações em dois tipos extremos: os Sistemas Mecanicistas e os Sistemas Orgânicos.




As organizações mecanísticas, operam de forma altamente hierárquica e vertical (divisão do trabalho), com tarefas bem definidas e atribuídas, decisões centralizadas, sistema rígido de controle, ênfase nas normas e regras e um sistema simples de comunicação, normalmente baseado em um fluxo de ordens de cima para baixo e com pouco ou nenhum retorno de baixo para cima. É um sistema mecânico, fechado, voltado para si e alheio ao ambiente externo, isolado.

As organizações orgânicas apresentam uma estrutura flexível, com responsabilidades que podem ser redefinidas ou modificadas, organizada de forma horizontal com decisões descentralizadas, maior confiabilidade nas comunicações informais e ênfase nos princípios de bom relacionamento interpessoal. Caracteriza-se por ser um sistema aberto, altamente mutável, voltado para a interação com o ambiente externo.

Desde então, é uma tendência natural a adesão de um sistema orgânico pelas empresas e organizações, visto que vivemos hoje em um mundo altamente mutável, principalmente no que diz respeito às inovações tecnológicas e ao consumo.

É cada vez mais necessário que as empresas se cerquem de bons parceiros e fornecedores, que façam uso cada vez maior da interação com outros agentes sociais, sejam parceiros ou clientes, para que obtenham bom desempenho de sua função no mundo moderno. As pequenas empresas não podem mais sobreviver de forma isolada e dependente como era possível naquela epoca de um ambiente estável e controlado.

O estudo dos autores considera dois extremos, porém, as redes organizacionais corporativas geralmente se encontram entre esses extremos. Não há sistema organizacional perfeito, é necessário que as empresas busquem de qual forma podem melhor organizar sua rede para que possam obter os melhores resultados, dados o meio em que estão inseridos.


REFERÊNCIAS

PECI, Aketa. Emergência e proliferação de redes organizacionais: marcando mudanças no mundo de negócios. 1999. Disponível em https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1920649/mod_resource/content/1/redesadmenegocios.pdf

OLIVEIRA, Mauro. A revolução tecnológica no contexto da globalização. 2011. Disponível em http://fapafcientifico.blogspot.com.br/2011/07/artigo-cientifico-revolucao-tecnologica.html
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialcolaborativas/pagina_2.asp

C. SOUSA, Almir. Redes Interorganizacionais – Implicações para a gestão das organizações participantes. 2009. Disponível em http://www.convibra.com.br/2009/artigos/217_0.pdf

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=O04TMm_ylug
Acessado em 22/11/2016.