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domingo, 6 de fevereiro de 2022

O uso de jogos virtuais como auxílio no ensino

Aluno: Lucas Francoise Vieira Matias

Matrícula: 17200744

Disciplina: Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Jogos virtuais como auxílio no ensino

Hoje, com o avanço da tecnologia, é inegável como as diversas ferramentas existentes podem auxiliar nas mais diferentes tarefas em nossas vidas. Se antigamente era necessário alguém nos cobrar em um pedágio, hoje um simples chip instalado no veículo nos permite não parar durante o trajeto. Se antigamente precisávamos ir a uma biblioteca para buscar algum tipo de informação mais específica, hoje com um simples clique temos milhares de fontes diferentes com respostas para nossas mais variadas perguntas.


No ensino, cedo ou tarde, isso também se tornaria realidade. Atualmente temos diversos tipos de plataformas direcionadas para o ensino, com o intuito de auxiliar os professores, e também, facilitar o ensino. Algumas delas servem apenas como repositórios de conteúdo, como forma de disponibilizar os conteúdos para os alunos, já outras possuem várias funcionalidades que buscam diversificar a experiência de ensino e aprendizagem, com quiz, caça-palavras, e etc, como é o caso do Moodle, plataforma utilizada pela Universidade Federal de Santa Catarina.


Pandemia


A pandemia de COVID-19 teve seu início no Brasil no início de 2020, e se estende até hoje, mesmo que de forma menos intensa. Ela logo alterou muito em nossas vidas. Muitas empresas, para continuar operando, mudaram suas operações tragicamente. Além das novas normas de segurança, alguns processos precisaram ser redesenhados, para que as coisas continuassem fluindo.


E no ensino essa adaptação também foi necessária. Muitas escolas não tinham nenhum tipo de atividade a distância, e de uma hora para outra, precisaram se reinventar para ajustar todo o conteúdo para esta modalidade de ensino.


Apesar dos conteúdos serem os mesmo, não basta simplesmente disponibilizar o conteúdo para os alunos e esperar que eles compreendam. Sendo assim, é necessário adaptar a estratégia de ensino, para que este esteja engajado.


Plataformas para criação de jogos educacionais


Uma maneira simples de tornar um conteúdo mais atrativo, pode ser trazendo-o para dentro de um jogo. Eles são uma forma de tornar algo lúdico, mantendo o receptor da informação entretido e atento.


Um modo simples de incluir jogos virtuais no ambiente de aprendizagem, já muito utilizado, é com jogos simples, como por exemplo uma roleta de perguntas/assuntos. O vídeo a seguir traz um exemplo de roleta que pode ser usada para gamificar uma aula.



Outro modelo de jogo que pode ser usado, tanto para ministrar as aulas, quanto ser usado como tarefa de fixação, é o mostrado no vídeo abaixo. A plataforma eFuturo permite que vários jogos usando palavras como norteadores. Um deles é um jogo nos moldes de “jogo da forca”. No vídeo a seguir, ficam exemplificadas algumas das várias funcionalidades da plataforma.



Um último modelo de gamificação que pode ser aplicado no ensino é o modelo de quiz. Uma plataforma super intuitiva e de fácil usabilidade é a Genially. Nela, você tem vários layouts pré montados, onde você apenas altera as perguntas e alternativas, já tem-se o jogo pronto. O vídeo abaixo ilustra bem algumas das funcionalidades e layouts disponíveis na plataforma. 



O ponto mais importante de todas estas plataformas, é que todas elas são gratuitas. Algumas ainda possuem algumas funcionalidades exclusivas para assinantes, mas ainda assim, grande parte das funcionalidades ainda são gratuitas. Isso é importante, pois facilita a inclusão em todos os meio educativos.


Exemplo aplicado


Um caso que pode ser olhado como um exemplo é o da aluna Vanessa Fantini, em 2010, na época graduanda em geografia, quando desenvolveu um jogo para auxiliar os alunos do ensino fundamental sobre educação ambiental. 


O jogo tem como objetivo ensinar os alunos sobre as classificações, a necessidade e separação do lixo doméstico. Na verdade, a educação ambiental é apenas a roupagem do processo, que na verdade agrega em outras áreas, como: pensamento lógico, concentração, curiosidade, habilidade motoras e cooperação.


Abaixo, está a tela inicial do jogo. É uma tela simples, mas acaba sendo intuitiva.


Fonte: Fantini, 2010.


Ao final, o aluno tem sua pontuação e uma mensagem que classifica o seu entendimento sobre reciclagem.


Fonte: Fantini, 2010.


Perspectiva para o futuro


O futuro parece promissor para esse assunto. Com a inserção de tablets nas salas de aula, e o mundo cada vez mais conectado, cada vez mais tanto os tutores quanto os alunos estarão acostumados aos novos métodos de ensino.


Algo que até pouco tempo atrás parecia uma utopia, mas que já está caminhando para se tornar realidade, é o aparecimento de modelos de realidade virtual. Hoje, óculos de realidade aumentada já são realidade. Agora, “mundos virtuais” começam a surgir, como o que está ficando tão famoso, Metaverso. Seguindo os moldes do antigo Second Life (jogo muito famoso entre os anos 2003 e 2008), o Metaverso é um mundo virtual, onde o usuário terá seu avatar e poderá navegar pelo mundo, como se fosse a vida real, interagir com outros usuários, conversar, etc. 


Quando pensamos nas possibilidades que o Metaverso pode trazer, elas são infinitas. Quem sabe daqui alguns anos, as salas de aulas sejam totalmente dentro do Metaverso. Só o futuro dirá!


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTRO, Johnatan. Metaverso: o que é esse novo mundo virtual? Disponível em: https://blog.nubank.com.br/metaverso-o-que-e/. Acesso em: 05 jan. 2022.

DE GUZZO, Elizabeth ALMEIDA. Jogos virtuais no ensino de língua espanhola. Texto livre: Linguagem e tecnologia, v. 2, n. 1, p. 22-25, 2009.

FANTINI, Vanessa. Os jogos virtuais para a educação ambiental no ensino fundamental. 2010.

MONTOVANI, Igor. O que é Second Life? – Do boom inicial à queda dos usuários. Disponível em: https://mktesports.com.br/blog/games/o-que-e-second-life/. Acesso em: 05 jan. 2022.

SCHERER, Suely; DA SILVA MIRANDA, Claudia Steffany. Jogos virtuais e educação nas escolas. Ação Midiática–Estudos em Comunicação, Sociedade e Cultura., v. 1, n. 5, 2013.


terça-feira, 29 de outubro de 2019

Por que as marcas precisam urgentemente adaptar-se ao omnichannel?


Omnichannel? O que é isso?


O modelo Omnichannel, ou também Multicanal como é conhecido, é a integração de todos os canais de uma empresa. Já foi naquela loja física em que já havia comprado online e se assustou que a atendente possuía todos os seus dados no caixa? Isso se dá pela integração de todos os canais de contato com o cliente. A experiência omnichannel fornece ao consumidor a possibilidade de realizar uma compra pelo canal que desejar, sem ruídos de comunicação. (CHAUSSARD, 2019)

No momento em que você insere o seu primeiro e-mail na lista de descontos de uma determinada marca, ela já possui o início dos seus dados. Assim, se você entrar em contato seja pelas mídias sociais, seja pelo email de contato do SAC, ou telefone, eles já irão possuir todo o histórico de contato com você. Assustador? Que nada, o omnichannel não está aqui para dificultar, e sim ajudar.

O que as marcas ganham com isso?

Através da experiência omnichannel você consegue visualizar o catálogo de produtos da marca online, no conforto da sua casa e decidir se gostaria de retirar o produto em alguma loja próxima, sem pagar frete, ou recebê-lo em casa. Há casos em que você inclusive consegue verificar se tal modelo está disponível para compra naquela loja, para que você possa passar no local físico e provar o produto. Imagine esta experiência de compra. Você sairia feliz ou triste com tantas possibilidades?

Segundo Duarte (2019) neste modelo, os diferentes canais se complementam e a comunicação é padronizada, de modo a proporcionar exatamente a mesma experiência para os consumidores, independentemente do dispositivo utilizado ou do canal escolhido para o atendimento. 

Empresas omnichannel precisam absorver essa integração desde a comunicação de dados, atualização de informações, até capacitação dos atendentes de todos os canais. Somente desta forma a experiência do consumidor será completa e seu serviço também.

Veja aqui grandes cases que implementaram o omnichannel como estratégia.

Marcas brasileiras que já trabalham com o omnichannel

Natura

A marca brasileira de cosméticos, Natura, fez um caminho inverso ou, pelo menos, diferente do tradicional. Ela iniciou seus trabalhos por meio de representantes, que atendiam com catálogos e sob encomenda. Porém a marca começou a perder mercado em relação a seus concorrentes, como por exemplo, a Boticário, e precisou se reinventar. Lançou então, o Portal Rede Natura, em que conseguiu unir um processo de vendas online e um atendimento moderno, possibilitando a abertura de diversas outras franquias, hoje mais 50.

Centauro

Além das lojas físicas, a marca também realiza as vendas por telefone, pelo site ou pelo aplicativo da marca. Lembra que comentamos sobre a facilidade de visualizar o produto no site e poder prová-lo na loja física? É o que muitos dos clientes da Centauro fazem. Ao realizar uma compra pelo site, caso seja necessário, o consumidor tem a possibilidade de realizar a troca em qualquer loja física mais próxima dele. 
Magazine Luiza

Outro grande exemplo de omnichannel nacional é apresentado pelo Magazine Luiza, que por meio da adoção desse modelo de atendimento, teve um aumento em suas vendas de 241% no e-commerce e 51% nas lojas físicas entre os anos de 2015 e 2018 (DUARTE, 2019). Com foco na transformação digital, a empresa oferece experiência online e offline totalmente integradas. Os 3 principais recursos utilizados pela loja são: aplicativo para dispositivos móveis, tecnologia facilitadora presente nas lojas e BOPIS (Buy online Pick Up in store).

Com foco na transformação digital, a Magazine oferece experiência online e offline totalmente integradas. Quem aqui não lembra do período em que a marca se reinventou e apareceu com outra imagem perante seus clientes? A marca investiu em Pesquisa e Desenvolvimento e hoje é um dos principais Marketplaces de referência do país.

Já está convencido que o omnichannel é o futuro das marcas brasileiras?

O principal desafio do modelo é, sem dúvida, realmente promover a integração entre seus canais para oferecer uma experiência única aos consumidores.

O desafio torna-se ainda mais complexo quando nota-se que cada consumidor realiza a compra de uma maneira específica. Não é fácil atendê-los de forma exclusiva em cada uma das plataformas que escolhem. No entanto, à medida que as tecnologias de inteligência artificial se desenvolvem e se tornam mais acessíveis, os gestores e líderes ganham poderosas ferramentas como aliadas na implantação desse processo.

Fontes:
https://blog.flexy.com.br/5-bons-exemplos-de-omnichannel-em-redes-de-franquia/
https://maplink.global/blog/exemplos-de-omnichannel/
https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/marketing-resources/metricas/varejo-no-brasil-o-sucesso-e-omnichannel/

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

O FUTURO DA ADVOCACIA - COMO OS NOVOS SOFTWARES ESTÃO AUXILIANDO OS ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA

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O futuro da advocacia - Você está pronto? (Fonte: https://bit.ly/2ota6jk)

De um tempo pra cá, novos termos estão sendo conhecidos pelos advogados e escritórios de advocacia ao redor do Brasil.


Novos termos como os de Inteligência Artificial e Advocacia 4.0 tem sido presentes cada vez mais no dia a dia dos advogados modernos. Com isso, muitas perguntas acerca deste tema vão surgindo no meio jurídico, se os robôs irão tomar o emprego dos profissionais do meio jurídico, se no futuro a justiça será virtual, etc.

Nos últimos anos, percebeu-se um grande avanço tecnológico, além da chegada de novos advogados com mentes abertas, fazendo com que esse crescimento e modernização do setor se acelerasse cada vez mais. Hoje, diversos procedimentos jurídicos são feitos diretamente por aplicativos de mensagem, como o envio de intimações, peticionamentos eletrônicos, etc. 

Para que os novos profissionais do meio possam se preparar para essa mudança, deverão se adaptar à essa “nova forma de advogar”, utilizando-se de novas tecnologias como softwares e aplicativos de celular para tal.

Os robôs roubarão seu emprego? (Fonte: https://bit.ly/2WquZbl)


Alguns exemplos que consigo trazer por aqui são:


1. Ter mais mobilidade na rotina

Estar em dois locais ao mesmo tempo, antigamente, parecia impossível. Como você poderia responder seus e-mails e ao mesmo tempo estar à caminho de uma audiência antigamente? Não havia internet e nem aplicativos que auxiliavam para tal. Hoje, os advogados conseguem fazer isso e muito mais coisas (como peticionar, fazer vídeo-chamadas ao vivo, etc)

“Tudo isso facilita a vida dos advogados que se considerem multitarefa e que precisam resolver atividades do escritório no aeroporto, nos momentos de espera do fórum, em casa e até em outra cidade ou país.”

Poder trabalhar de casa ou de onde quiser também é uma grande evolução “trazida” por esses novos profissionais. Sem aquela burocracia de ter que ir ao escritório para trabalhar, hoje há muitos advogados que trabalham de casa e não possui escritórios físicos, ou que vão muito pouco para o local. Para aqueles que possuem grandes equipes, o gerenciamento hoje também pode ser feita de forma online, tanto por mensagens de texto ou por videoconferência.

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Advogados são mais digitais. (Fonte:https://bit.ly/346tz8z)


2. Botar em prática conhecimentos de outras áreas

Como a advocacia não se trata de uma profissão independente, os advogados devem colocar em prática outras áreas do conhecimento para o desenvolvimento do seu serviço e do seu escritório

Podemos trazer como exemplo as gestões empresariais (quando trata-se de um escritório médio/grande, com alto número de funcionários), gestão de marketing pessoal (com o uso intensivo de redes sociais para desenvolvimento e divulgação do trabalho), gestão financeira (conhecimentos que auxiliarão os advogados não só na rotina do escritório, mas também para a vida pessoal).


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Conhecimentos variados lhe trazem melhores resultados. (Fonte: https://bit.ly/2oow8Ud)


3. Compartilhe seu conhecimento

Hoje, a internet está cheio de influenciadores digitais e de pessoas que vivem de seus conteúdos produzidos para sobreviver.

Muitas dessas pessoas divulgam nas redes sociais suas vídeo-aulas, compartilham conhecimento e dão cursos que auxiliam outras pessoas em seu desenvolvimento profissional.

Mesmo que isso não traga um retorno imediato para os advogados, podem atrair clientes, possíveis parceiros e sócios que num futuro podem se tornar grandes parceiros de negócios, fazendo também com que o conhecimento seja democratizado e compartilhado entre os profissionais do meio, conquistando respeito entre seus colegas. 

Muitos advogados hoje ainda enxergam esse meio com muita rivalidade e competitividade, o que não deixa de ser verdade; os advogados devem sim se desenvolver para conseguir angariar mais clientes.

Porém, conforme levantado no ponto anterior, os jovens advogados hoje estão mais preocupados em desenvolver novas técnicas de desenvolver seu trabalho, em seu marketing pessoal/empresarial do que propriamente com seus concorrentes. Eles sabem que se fizeram um bom trabalho, seus clientes voltarão e indicarão seus amigos próximos, isso é o que vale.

Essa ideia mais visionária tem quebrado tabus e crescido ainda mais o relacionamento entre os advogados, criando redes de compartilhamento de informações e trazendo mais qualidade na advocacia num modo geral.

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Compartilhar seus conhecimentos podem te trazer benefícios (Fonte:https://bit.ly/2BN8OCz)
Conclusão

A maioria das pessoas concorda que as mudanças são sempre difíceis e a adaptação, dependendo da grandiosidade da mudança, pode ser longa e difícil. Porém, quando o advogado se antecipa às mudanças, ele cria um fator surpresa e fica na frente dos ditos “concorrentes” no mercado, pois seus clientes entenderão que a forma que eles praticam seu trabalho é mais leve e entendível para quem não possui conhecimento para tal.

Por meio desses pontos e muitos outros que hoje a advocacia está evoluindo, saindo do papel e caneta e passando para uma fase mais tecnológica, onde hoje os advogados não precisam mais perder muito tempo analisando cada processo individualmente, cada diário oficial, podem fazer várias coisas ao mesmo tempo utilizando aplicativos no seu celular, além também de conseguir gerir seu escritório do conforto de sua residência.

Muitas dessas mudanças passaram pelo ingresso de novos advogados no mercado, com mentalidades diferentes e um mindset totalmente atualizado e futurista.

Dá pra se dizer que já estamos no futuro da advocacia?

sábado, 9 de junho de 2018

A Revolução Industrial 4.0

"As 3 primeiras revoluções industriais trouxeram a produção em massa, as linhas de montagem, a eletricidade e a tecnologia da informação, elevando a renda dos trabalhadores e fazendo da competição tecnológica o cerne do desenvolvimento econômico. A quarta revolução industrial, que terá um impacto mais profundo e exponencial, se caracteriza, por um conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico." 

É o que diz o site elaborado pela FGV Projetos, sob uma iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Ministério da  Indústria, Comércio Exterior e Serviços e  do Governo Federal.


Segundo um artigo publicado no site da empresa de automação Citisystems, a indústria 4.0 surgiu a partir de um projeto do governo alemão voltado à tecnologia. O termo foi utilizado pela primeira vez em uma Feira de Hannover em 2011, mas foi em 2013, na mesma feira, que um trabalho final sobre o desenvolvimento da indústria 4.0 foi apresentado.

A base da indústria 4.0 está no fato de que, conectando máquinas, sistemas e ativos, as empresas poderão criar redes inteligentes ao longo de toda a cadeia de valor as quais podem controlar os módulos de produção de forma autônoma.

Assim sintetiza o SEBRAE: “Nessa visão de futuro, ocorre uma completa descentralização do controle dos processos produtivos e uma proliferação de dispositivos inteligentes interconectados, ao longo de toda a cadeia de produção e logística.”


As principais tecnologias que permitem esta integração são a Manufatura Aditiva, a Inteligência Artificial (IA), a Internet as Coisas (IoT), a Biologia Sintética e os Sistemas Ciber Físicos (CPS).

Além de tudo isso, uma ferramenta importante que anda em evidência nos últimos tempos, devido as polêmicas envolvendo as redes sociais ligadas ao Facebook e a acusação da Microsoft pelo Ministério Público de São Paulo, relacionadas às políticas de privacidade, ou seja, os dados aos quais as empresas teriam acesso, o chamado Big Data, e como elas os usam.

O termo Big Data assume, no entanto, no contexto da indústria 4.0, um sentido muito mais amplo. É uma estrutura de dados muito extensa e complexa que utiliza novas abordagens para a captura, análise e gerenciamento de informações. Além dos dados gerados por usuários e clientes, os quais estão cada vez mais abundantes e acessíveis, eles também são gerados através de todo o processo de produção, sendo possível analisar deficiências e mapear problemas mais rapidamente e com a utilização de menos recursos. 
De acordo com a Cristiano, autor do artigo da Citisystems, esta tecnologia consiste em 6Cs para lidar com informações importantes. São eles:

- Conexão: à rede industrial, sensores e CLPs
- Cloud: nuvem/dados por demanda
- Cyber: modelo e memória
- Conteúdo e Comunidade: compartilhamento de informações
- Customização: personalização e valores

Neste contexto, um dos grandes desafios das empresas é implementar estes conceitos de forma eficiente e segura. Com o armazenamento de dados sensíveis na nuvem a segurança e a robustez dos sistemas terão que ser prioridade. Como o sistema consiste em uma rede integrada, a conexão deve ter eficiência tal que evite interrupções que possam causar transtornos na produção gerando prejuízos, e segurança tal que proteja o know-how da empresa.

Segundo o SEBRAE, para acelerar esse processo foi criado em 2014 no EUA o Consórcio de Internet Industrial (IIC), com cerca de 250 associados, de 30 países, para fomentar a colaboração desta comunidade e criar projetos piloto (testbeds) que coloquem em prática as novas ideias.

Neste sentido, no Brasil, a Pollux, empresa de automação brasileira, a Fiesc/Ciesc e a Embraco fundaram, em agosto de 2016, a Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII). Esta associação visa divulgar e fortalecer a Internet Industrial no Brasil e criar um fórum permanente de discussões sobre o tema, além de intercâmbio tecnológico e de negócios com parceiros internacionais, promoção do desenvolvimento econômico e geração de emprego.


De acordo com a Confederação Nacional da Indústria um dos desafios do Brasil para se inserir dentro desta nova realidade está no fato da participação da indústria no PIB estar caindo consideravelmente nos últimos anos. Segundo o gráfico, em 2016 equivalia a 11,9% do PIB, hoje representa menos de 10%.


Outro grande desafio é o fato de o Brasil estar caindo no ranking  que mede o índice global dos países mais inovadores. O Índice Global de Inovação busca avaliar critérios de performance de diferentes países no quesito inovação, medindo critérios como crescimento da produtividade, investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), educação, exportações de produtos de alta tecnologia, dentre outros tópicos.


Segundo levantamento da ABDI, a estimativa anual de redução de custos industriais no Brasil, a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, R$ 73 bilhões/ano. Essa economia envolve ganhos de eficiência, redução nos custos de manutenção de máquinas e consumo de energia.

REFERÊNCIAS:

ABDI et al. Indústria 4.0. Disponível em: <http://www.industria40.gov.br>. Acesso em: 08 jun. 2018.

CRISTIANO BERTULUCCI SILVEIRA. Citisystems (Org.). O Que é Indústria 4.0 e Como Ela Vai Impactar o Mundo. Disponível em: <https://www.citisystems.com.br/industria-4-0/>. Acesso em: 08 jun. 2018.

JOSÉ RIZZO. Sebrae (Org.). Saiba o que é a Indústria 4.0 e descubra as oportunidades que ela gera: Uma nova era industrial já molda o futuro de muitos empreendedores. Leia o artigo de J. Rizzo Hahn e saiba como aproveitar essa tendência.. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/saiba-o-que-e-a-industria-40-e-descubra-as-oportunidades-que-ela-gera,11e01bc9c86f8510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em: 09 jun. 2018.