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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

As mídias sociais e os efeitos negativos nas habilidades e comunicação

                       Por séculos, o ser humano tem se comunicado com o outro cara a cara, em diferentes dialetos e língua. Conforme vamos crescendo, aprendemos a desenvolver certas capacidades que nos permitem nos relacionar e comunicar um com o outro.

                       Nos últimos anos, as mídias sociais têm sido as principais ferramentas de fazer com que este paradigma fosse quebrado. E-mail, mensageiros instantâneos e redes sociais, hoje, fazem parte do repertório básico de qualquer pessoa inserida na sociedade. Para muitos, conversar, olhar nos olhos da outra pessoa, enquanto no mesmo espaço físico, passou a ser raridade comparado com o tempo gasto se comunicando por detrás de uma tela de computador ou teclando em um celular.

                       Obviamente comunicação cara-a-cara ainda existe, mas as mídias sociais crescem a um nível preocupante. Como pode ser isto negativo para a sociedade, muitos se perguntam.

                       Analisemos o caso do Twitter. Twitter é uma rede social extremamente popular, com mais de 1 bilhão de usuários, que encontrou grande aceitação por parte do público brasileiro.

                       A dinâmica da rede social é ser uma espécie de microblog, criando um espaço de interação entre seus usuários onde o limite de caracteres por post é de 140 caracteres, assim, agilizando enormemente a comunicação e rapidez com a qual se deve transmitir a ideia ou informação.

                       Claro que este método pode vir a ser útil em certos casos, como o do jornalismo, por exemplo. O Twitter é, hoje, o meio mais rápido de conseguir as informações midiáticas no mundo, mesmo que em muitas ocorrências estas informações sejam duvidosas, para dizer o mínimo. Mas vamos continuar no espectro da sociabilidade humana.

                       A restrição dos caracteres muda completamente a dinâmica das conversas convencionais, visto que você é forçado a ser extremamente resumido e simples, ao oposto de uma conversa normal, na “vida real”.

                       Esta restrição obriga os usuários a escreverem de maneira não adequada. Este problema afeta a camada mais jovem dos usuários, que podem passar a se comunicar em todos os ambientes como na rede social, sem medir as condições da situação.


                       Por exemplo, digamos que no futuro esta pessoa tenha que se pronunciar perante alguma audiência de respeito sobre algo crucial relacionado a ele. Será que esta pessoa conseguirá desenvolver bem suas ideias para dar um fluxo compreensível à sua fala?

                       Este ponto nos conecta a outro problema, diminuição de contato cara-a-cara. Um estudo em 2010 direcionado a adolescentes, demonstrou que 54% dos adolescentes conversa com seus amigos através de mensagens por telefone, e apenas 33% falam com seus amigos cara-a-cara.

                       Contato cara-a-cara é fundamental para uma sociedade funcionar, e nem tudo pode ser feito por detrás de uma tela ou teclado.

                       Interações físicas e sociais são necessárias para viver.

                       Com o aumento de casos de usuários viciados em redes sociais, pode se dizer que lentamente está se perdendo o costume das interações cara-a-cara.

                       A ideia não é passar um posicionamento radical contrário às redes sociais. O avanço tecnológico ao qual estamos submetidos, se tratando de meios de comunicação, possibilitou estreitar os laços das relações humanas em um nível nunca antes visto na humanidade, fazendo com que estejamos em uma posição extremamente mais confortável que as gerações passadas.

                       A questão é até que ponto o uso destas ferramentas passa a ser prejudicial, visto que também com a ajuda do incremento tecnológico, a ocorrência de relações plásticas e forçadas aumentou muito.





                       Fonte da pesquisa: http://www.pewinternet.org/2010/04/20/teens-and-mobile-phones/?utm_expid=53098246-2.Lly4CFSVQG2lphsg-KopIg.0