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domingo, 17 de junho de 2018

O que é transformação digital nas empresas?

Hoje é difícil pensarmos nosso cotidiano sem a presença de algum dispositivo que transforma em bits simples operações como olhar as horas ou assistir à televisão. Seja de forma mais explícita (quando nos conectamos à internet) ou não. Hoje 90% dos dados disponíveis no mundo foram criados nos últimos 2 anos. E como isso pode impactar os negócios?


Na cena empresarial a realidade digital é fundamental ao próprio funcionamento de uma organização. Não importa seu campo de atuação, o uso de  internet é indispensável. Sistemas integrados de gestão, páginas e portais corporativos na web e intranets são hoje meios de operação, etc. Hoje as discussões sobre comunicação em redes está na em como construir  relacionamentos da empresa com seu público de forma mais assertiva.


Além disso, a digitalização em rede traz mudanças culturais que para a rotina das empresas, hoje graças as redes é possível uma empresa inteira trabalhar remotamente e cada funcionário estar em um canto do globo.


Hoje a relação organização/tecnologias digitais tem como um dos pontos mais sensíveis a adequação de ritmos: a rapidez da inovação digital e  as diferenças em sua absorção e implementação por parte da organização (delimitada pela estrutura) e da relação com seus stakeholders. Diante disso se faz necessário a transformação digital das empresas: a necessidade de reestruturação de processos de empresas, que passam a absorver uma cultura digital com o objetivo de ganhar produtividade.


Isso vai além de ter uma página no Facebook ou fazer o armazenamento de arquivos na nuvem. Para realizá-la, é necessário fazer mudanças estruturais na empresa, colocando a tecnologia como elemento central. Configura-se em uma estrutura operacional que possibilitará transformações na estrutura de sustentação econômica e de configuração de mercado para esse cenário.
Também que é importante que a transformação digital parta do topo da empresa, e não do setor de TI, por exemplo. Isso porque exige investimento financeiro e planejamentos que afeta toda a empresa.
A transformação digital deve beneficiar diversas áreas da empresa, por exemplo:

- Melhorar a experiência do cliente, segmentando melhor o público, abordando-o de forma personalizada e mais satisfatória, fazendo ofertas bem direcionadas, fazendo monitoramento e conseguindo feedbacks para fazer melhorias.

- Também para ter processos operacionais mais eficientes, podemos motivar os funcionários, mostrando como deixar de gastar energia com atividades desnecessárias e ganha mais produtividade, transformando processos offline em processos digitais.

Por exemplo, em vez de marcar reuniões constantes, é possível capacitar os funcionários para  que utilizem ferramentas de gestão de processos, que tornam tudo mais rápido e eficiente. Trello e o Slack, que servem, respectivamente, para acompanhar o andamento de projetos e para facilitar a comunicação entre os membros de time.
Transformação digital facilita e operacionaliza a mudança de mindset e cultura das organizações:


Diante da força transformadora que surge na sociedade,toda empresa deveria buscar responder a algumas perguntas-chave que podem ajudar no começo da transformação digital
  • Como o mundo das redes sociais é vai ajudar o negócio?
  • Como gerenciar essa inovação?
  • Quais tarefas e processos muito mecânicos e repetitivos eu poderia otimizar?
  • Como tornar mais eficiente a comunicação na empresa?


A transformação digital pode levar certo tempo e requer investimento financeiro e pessoal de todos, porém é pode ser um ganho tanto no curto quanto no longo prazo.


Por Arthur Ferreira Dutra Referências:

CHAKHOYAN, Andrew.  Is the era of management over? Revista We Forum, 2017. Disponível em: <https://www.weforum.org/agenda/2017/12/is-management-era-over>

CORRÊA, Elizabeth Saad. A comunicação digital nas organizações: tendências e transformações. Organicom, v. 6, n. 10-11, p. 161-167, 2009.

WCK, Agência. Como transformar digitalmente a sua empresa? Blog de marketing digital da Resultados Digitais, 2017. Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/blog/como-transformar-digitalmente-a-sua-empresa/>



segunda-feira, 19 de junho de 2017

4 Sistemas que Auxiliam na Gestão de Pequenas Empresas


 
A tecnologia está se desenvolvendo todos os dias para facilitar e ajudar nossa vida. E consequentemente ajudar o mundo dos negócios, onde as organizações ficam cada vez mais reféns de sistemas como vantagens competitivas.

Antes apenas as grandes empresas utilizavam sistemas para gerir a organização, mas com a globalização, o acesso facilitado e criação acelerada de Startups, as pequenas empresas começaram a ter várias opções em conta para contratar sistemas.
   
São inúmeros sistemas que podem auxiliar as pequenas empresas. 
Os softwares podem ajudar uma empresa a ter um controle das finanças, da produtividade, do rendimento de funcionários, melhorias na logística, velocidade na gestão, ou seja, facilita muito o dia a dia de uma empresa. 

Existem dezenas de sistemas para cada necessidade e será apresentando alguns abaixo, de acordo com  usabilidade de clientes de uma Agência de Marketing que trabalha e auxilia pequenas e médias empresas. Segue:


1. Quickbooks Zeropaper - Sistema de Controle Financeiro

O sistema financeiro completo conta com fluxo de caixa, relatórios para tomada de decisão, controle de receitas e despesas e mais algumas funções importantes para o dia a dia. Ele pode ser usado tanto no desktop como mobile. Facilidade de uso é um grande beneficio do Quickbooks. Custando R$17,90 por mês, o software cabe no bolso e ajuda muito na organização financeira. Acesse https://www.quickbooks.com.br/ e saiba mais. Veja o vídeo ao final do artigo!


2. Trello - Organizador de Tarefas



Organizador de tarefa bastante usado e dinâmico, o Trello pode auxiliar muito as tarefas da empresa ajudando em um dos grandes problemas das médias e pequenas empresas, a comunicação. O sistema apoia os processos, o qual precisa de anotações e delegação de tarefas mais complexas. O Trello que para as necessidades do pequeno empresário a versão gratuita já dá conta. O Trello pode apoiar em processos de várias necessidades da empresa, podendo ser customizado como bem entender o gestor responsável.
Acesse https://trello.com/ e saiba mais. Veja o vídeo ao final do artigo!


3. Google Drive - Armazenamento na Nuvem e Backup de Arquivos



O Google Drive muito conhecido e usado para alguns assuntos pessoais e eventualmente profissionais pode ser usado como uma grande base de dados da empresa, sendo organizado em pastas e de uma maneira onde os arquivos sejam catalogados de uma forma onde será achado posteriormente, o Drive ajuda nos processos, guardando os arquivos e fazendo uma boa gestão de conhecimento. Até 30gb o drive é Free, tendos varios planos de acordo com o armazenamento tendo 1TB por U$ 9,99 (março de 2017). Acesse https://business.google.com/ e comece a usar. Veja o vídeo ao final do artigo!

4. Wunderlist - Lista de Tarefas



Quem nunca esqueceu o que ia fazer, mas quando recebeu a tarefa jurava e tinha convicção que faria a tarefa? O Wunderlist está aí para resolver esse problema, o sistema é usado para anotar as tarefas que cada membro da equipe tem para fazer, podendo ser compartilhada. Depois de se acostumar em ver todo o dia o Wunderlist, a pessoa não terá mais o problema de esquece a tarefa. Alguém mandou ou você lembrou de alguma tarefa a fazer? Bote na lista com o prazo estabelecido! Fez a tarefa? Dê um Ok na lista. O Wunderlist é Free! Acesse https://www.wunderlist.com/pt/download e saiba mais. Veja o vídeo ao final do artigo!

Confira vídeos curtos que falam mais e demonstram os sistemas:

1. Quickbooks Zeropaper


2. Trello



3. Google Drive


4. Wunderlist






Esses são alguns sistemas simples e de fácil usabilidade que podem ajudar e muito no dia a dia da pequena empresa, dando agilidade e confiança nos processos. Resumindo, o Quickbooks ajuda o financeiro, o Trello auxilia nas tarefas mais complexas, o Drive armazena e cria uma base de dados e o Wunderlist não deixa a empresa esquecer de nenhuma tarefa. Indique e confira esses softwares. Lembrando que existem muitos outros apps que podem ter a mesma funcionalidade, esses foram escolhidos por preferencia e usabilidade!










sábado, 26 de novembro de 2016

Redes organizacionais: A emergência de um novo paradigma?



O conhecimento e a informação estão presentes em todas as esferas da sociedade, e quando transformadas em ações práticas, tem poder de modificar as relações sociais e econômicas do mundo em que vivemos. Neste contexto, temos as redes sociais. A configuração em rede é intrínseca à natureza humana, não é possível vivermos isolados das redes sociais as quais compõem a sociedade, que nada mais é do que uma grande rede. Mas e as corporações? Como se comportam dentro delas, as redes sociais?

O meio corporativo, assim como qualquer outro, é recheado de relações sociais que funcionam em rede. Seja a relação com parceiros, fornecedores, clientes ou entre seus próprios colaboradores, a empresa só funciona dentro de uma lógica de redes sociais. Não há empresa sem uma rede que a sustente!

As redes sociais que constituem e em que estão constituídas as empresas, podem ser classificadas em dois níveis: Interorganizacional e Intraorganizacional. A rede Interorganizacional diz respeito às relações estabelecidas entre a empresa e outros atores, como parceiros, fornecedores, franqueados, etc. A rede Intraorganizacional diz respeito às relações estabelecidas internamente, pelos atores sociais da empresa/corporação, seus funcionários, colaboradores.

No decorrer do século anterior, observamos uma mudança na característica das redes organizacionais nas empresas, uma mudança de padrão e de valores na estrutura administrativa/produtiva da organização. No início do século XX, tínhamos basicamente um modo de produção essencialmente fordista, com estrutura hierárquica bem definida, organizada de modo vertical, tarefas bem definidas e atríbuidas, excesso de burocracia e controle. As empresas grandes estavam basicamente estruturadas em forma de oligopólio e não haviam desafios na produção que demandassem uma mudança estrutural. Enquanto isso, as pequenas empresas trabalhavam de modo isolado e de certa forma, independente. Esta foi a estrutura organizacional padrão utilizada até o fim da era de ouro do capitalismo.

A partir dos anos 70, podemos observar uma crescente tendência de mudança nos sistemas organizacionais. À medida em que vinham a tona diversas mudanças no mundo, de cunho econômico, tecnológico e institucional, se tornou crescente a pressão por um novo modelo capaz de acompanhar as novas exigências.

Na década de 70 houveram uma série de crises econômicas que acabaram por afetar a vida de muitos países. Tivemos uma crise no sistema monetário internacional e em seguida houveram as crises do petróleo de 1973 e 1979, levando à recessão econômica e inflação. Além disso, esta epoca é marcada por uma enorme aceleração no desenvolvimento tecnológico, sobretudo em países como Estados Unidos e Japão, que se segue até os dias atuais e que exigiram uma mudança no modus operandi das organizações.

A crescente mudança neste cenário, deu origem a um consumidor mais exigente, com necessidades diversificadas e que preza por produtos e serviços de maior qualidade e por mais opções de consumo. O modelo clássico fordista não era capaz de suprir esse mercado mais dinâmico e exigente que se formara.

No Japão nasce um novo modelo estrutural de organização, batizado de Toyotismo e posteriormente citado também como Lean Manufacturing. Este modelo, ao contrário do modelo fordista, possibilita a produção flexível, que o novo mercado necessitava. Esse modelo de produção foi capaz de suprir as novas necessidades da produção, levando a um aumento na eficiência e na produtividade. Enquanto isso, observa-se uma maior adoção do sistema orgânico.

T. Burns e G.M. Stalker elaboraram, como representantes da Teoria da Contingência, uma pesquisa no Reino Unido para identificar como funcionavam a relação entre o ambiente e as práticas administrativas das empresas. Eles então classificaram as organizações em dois tipos extremos: os Sistemas Mecanicistas e os Sistemas Orgânicos.




As organizações mecanísticas, operam de forma altamente hierárquica e vertical (divisão do trabalho), com tarefas bem definidas e atribuídas, decisões centralizadas, sistema rígido de controle, ênfase nas normas e regras e um sistema simples de comunicação, normalmente baseado em um fluxo de ordens de cima para baixo e com pouco ou nenhum retorno de baixo para cima. É um sistema mecânico, fechado, voltado para si e alheio ao ambiente externo, isolado.

As organizações orgânicas apresentam uma estrutura flexível, com responsabilidades que podem ser redefinidas ou modificadas, organizada de forma horizontal com decisões descentralizadas, maior confiabilidade nas comunicações informais e ênfase nos princípios de bom relacionamento interpessoal. Caracteriza-se por ser um sistema aberto, altamente mutável, voltado para a interação com o ambiente externo.

Desde então, é uma tendência natural a adesão de um sistema orgânico pelas empresas e organizações, visto que vivemos hoje em um mundo altamente mutável, principalmente no que diz respeito às inovações tecnológicas e ao consumo.

É cada vez mais necessário que as empresas se cerquem de bons parceiros e fornecedores, que façam uso cada vez maior da interação com outros agentes sociais, sejam parceiros ou clientes, para que obtenham bom desempenho de sua função no mundo moderno. As pequenas empresas não podem mais sobreviver de forma isolada e dependente como era possível naquela epoca de um ambiente estável e controlado.

O estudo dos autores considera dois extremos, porém, as redes organizacionais corporativas geralmente se encontram entre esses extremos. Não há sistema organizacional perfeito, é necessário que as empresas busquem de qual forma podem melhor organizar sua rede para que possam obter os melhores resultados, dados o meio em que estão inseridos.


REFERÊNCIAS

PECI, Aketa. Emergência e proliferação de redes organizacionais: marcando mudanças no mundo de negócios. 1999. Disponível em https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1920649/mod_resource/content/1/redesadmenegocios.pdf

OLIVEIRA, Mauro. A revolução tecnológica no contexto da globalização. 2011. Disponível em http://fapafcientifico.blogspot.com.br/2011/07/artigo-cientifico-revolucao-tecnologica.html
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialcolaborativas/pagina_2.asp

C. SOUSA, Almir. Redes Interorganizacionais – Implicações para a gestão das organizações participantes. 2009. Disponível em http://www.convibra.com.br/2009/artigos/217_0.pdf

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=O04TMm_ylug
Acessado em 22/11/2016.

sábado, 19 de novembro de 2016

A revolução do EaD: O e-Learning criando gestores de si mesmo

Atualmente, a importância do conhecimento e a velocidade da informação, mudam o mundo dia após dia. Na educação isso também se faz presente. O meio empresarial é um dos ramos da educação que mais cresce, como forma de desenvolver estrategicamente, aprimorar o trabalho da equipe e se atualizar das mudanças de cada setor. Com isso, a Educação Corporativa vem se tornando um mercado amplo e que atende as expectativas estratégicas, econômicas e sustentáveis com atualizações praticamente instantâneas. Esse trabalho tenta elucidar os excelentes resultados da Educação à Distância como ferramenta de gestão e desenvolvimento do quadro de funcionários e propulsora de uma sociedade que anseia pelo conhecimento.
O ensino multi plataforma vem revolucionando pessoas e empresas

A mutação diária do mundo, seja com a velocidade de uma notícia, nova lei ou estudos de inovação, acelera o avanço da tecnologia. Esse avanço está sempre intimamente ligado com a economia, o estilo de vida das sociedades, interações sociais e como um indivíduo se sente perante a sociedade. Com essa rápida mutação, vários conceitos ganham novos significados, basta perguntar a uma pessoa de 50 anos e uma pessoa de 20 anos a primeira coisa que lhe vem à cabeça quando escuta a palavra "compartilhar". Os mais jovens serão mais propensos a associar essa palavra com Redes Sociais como Facebook e Twitter. Com isso, vários conceitos estão mudando. Dentre eles, o conceito de presença, distância, fazer, aprender, ensinar, educar.

O aprendizado presencial está saindo das salas de aulas tradicionais para ganhar vida no EaD. Aquele conceito de professor como um mestre intocável vem dando lugar a tutores, gestores, monitores e estimuladores, que tornam real e mais palpável o ensino à distância. Esse tipo de ensino contribui pra uma inteligência coletiva que transforma a vida tanto de quem ensina quanto de quem aprende. 
Atualmente, um dos locais aonde a educação mais vem ganhando espaço é nas empresas. O e-Learning vem fazendo com que a Educação Corporativa se torne cada vez mais forte e importante. Afinal, a concorrência, o custo de treinamentos de equipes inteiras e a atualização constante faz com que corporações invistam cada vez mais em plataformas EaD e cursos online para capacitar o maior número de funcionários e com um mesmo padrão e agilidade. 
Normalmente são aulas com poucos momentos ao vivo e com cursos em alto nível de didática, com um prazo de conclusão normalmente alto e com correção feita pelo próprio programa. Com isso, uma análise ao e-Learning e a educação corporativa se tornam importantes para que possamos entender melhor sobre como será o mercado de trabalho tanto para quem está saindo da universidade quanto para aquele que busca um emprego num balcão de fast-food.


O SURGIMENTO DO EAD E DO E-LEARNING

EaD é o termo abreviado de Educação à Distância. Pode parecer um conceito novo e atual devido à expansão de universidades desse nicho. Mas quem nunca ouviu falar do Instituto Universal Brasileiro e seus cursos por correspondência? No Brasil, os cursos por correspondência chegaram por volta dos anos de 1900, com o Jornal do Brasil e seu curso de datilografia. Mas no mundo, é muito mais antigo. Têm-se notícias de curso por correspondência na Gazeta de Boston em 1728. Muito tempo depois, surgiu o ensino por rádio, em 1935 e em 1956 o Chicago College começou a instruir via TV. Nasceram nestes cenários, novas formas de aprendizagem, que se mostraram cada vez mais efetivas para o discernimento dos alunos.
A aplicação é o que difere o EaD do e-Learning. O EaD é feito tanto com computadores e meios tecnológicos quanto materiais impressos e laboratórios. Já o e-Learning é transmitido apenas por meios eletrônicos.

Os cursos por correspondências eram
populares no século passado
Mesmo após séculos de evolução, podemos considerar EaD qualquer tipo de material escrito, via telefone ou transmitido por televisão mas que seja produzido com baixo nível de tecnologia. Mas o avanço tecnológico vem moldando este termo e acrescentando atividades interativas e multiplataformas como celulares, computadores, etc. Segundo João Mattar, EaD é uma modalidade de educação, construída por docentes ou instituições em que professores e alunos não estão no mesmo ambiente e várias tecnologias de comunicação são utilizadas. Já o e-Learning ficou conhecido no ambiente corporativo por permitir com que o conteúdo alcance pessoas em qualquer local do mundo, através da internet.

DESENVOLVIMENTO OS NEGÓCIOS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO


No século XXI vemos uma sociedade que demanda profissionais especializados em áreas técnicas que muitas vezes não são formados em universidades. Isso fez surgir à necessidade de plataformas que disseminassem conhecimentos técnicos dentro das empresas. Essas plataformas e-Learning tem a missão de capacitar os funcionários para alcançar o resultado desejado em pouco tempo.
No cenário corporativo global, as empresas e os profissionais têm que estabelecer quatro pontos para evolução do conhecimento: Institucional, Humano, Cultural e, é claro: Conhecimento.
No quesito institucional, entra a parte burocrática e legal, com o aprendizado das leis que regem o trabalho a ser realizado. 
No âmbito Humano há uma preocupação com a geração de valor para a sociedade. Fazer algo além de gerar dinheiro! Gerar algo que melhore a vida dos funcionários e da sociedade como um todo.  
Na dimensão cultural busca-se retratar a cultura da organização e da sociedade a qual ela está inserida. 
Já na parte do conhecimento, há a sua criação, retenção e a aplicação. 
O conhecimento é algo muito antigo. Desde as primeiras sociedades nômades, o aprendizado era essencial. Nessas sociedades agrícolas da terra vinha à fonte de riqueza e o valor do homem era medido pela força. Já na Era Industrial a base da economia eram as máquinas a vapor, o transporte e a energia e o Estado era o principal agente de intervenção econômica. 
Hoje, a sociedade do conhecimento busca estabelecer a tecnologia e a informação como bases. E junto a isso, há a sociedade que busca o uso de energias renováveis para poupar a natureza do consumismo exacerbado da humanidade. A informação é um dos pilares competitivos atualmente, onde tudo que é produzido, sejam bens ou serviços, acaba sendo medido pela quantidade de informação que há nele, gerando uma percepção de valor. O avanço tecnológico vem mudando tanto a rotina das sociedades que até a forma de pensar vem se alterando.

No livro “A quinta disciplina”, Peter Senge mostra que as organizações que desenvolvem a capacidade de mudança, se adaptam e mudam, evoluem de uma maneira muito superior às organizações que não o fazem. Dar continuidade no aprendizado dá muita vantagem competitiva à empresa, pois leva a uma inquietação e vontade de ser criativo e inovador. Ele aponta cinco disciplinas indispensáveis para uma empresa se destacar por meio do conhecimento:
Modelos mentais: Cada funcionário deve pensar fora da caixa e buscar alternativas aos problemas cotidianos. Descartar velhos modos e rotinas padronizadas, para fugir da sensação de que não precisa evoluir.
 Domínio pessoal: A busca por uma evolução pessoal, conhecimento técnico e a expansão da zona de conforto deve ser um exercício diário, sem temer críticas pela pró-atividade.
Sistemas de pensamento: Cada um deve pensar não só na sua parte do projeto, mas entendê-lo como um todo e criar assim, uma visão ampla que poderá prever problemas ou até mesmo aprimorar a sua parte no trabalho.
Visão Compartilhada: As pessoas necessitam ter uma visão simples e que possa ser compartilhada sobre o projeto que pretendem criar.
Aprendizagem em equipe: Valorizar o trabalho conjunto, absorvendo o melhor de cada membro do time, discutindo e buscando aprimorar o projeto. Pois são nessas horas que ideias brilhantes surgem e experiências são adquiridas.

Hoje, tudo depende do conhecimento! Seja pensar, raciocinar, decidir e agir. O conhecimento transforma a informação em algo palpável, tangível fazendo com que a instituição comece a agir de forma mais eficiente, buscando agregar mais valor ao produto final, seja ele qual for.
O valor do conhecimento é cada vez maior. Mentes brilhantes são cobiçadas por grandes empresas que buscam nessas pessoas suas joias raras da lucratividade. Mas o conhecimento precisa ser bem administrado para que o conhecimento seja canalizado ao ponto de superar a concorrência. Por isso, cada vez mais as empresas investem em Gestão do Conhecimento, para gerar valor a partir do capital intelectual da instituição.
O grande desafio atual da Gestão do Conhecimento é, segundo Chiavenato, criar uma infraestrutura administrativa, pois isso envolve todo um aparato de estações de trabalho, banco de dados, redes que muitas empresas preferem não investir por não sentir que o retorno é realmente palpável. Mas muitas empresas se juntam e criam centros de aprendizagem para dividir os custos estruturais e aproveitar o resultado construído. Empresas como Sebrae, Eletrobrás, Motorola, Wizard, etc. Tem suas Universidades Corporativas. 
Outro desafio que a Gestão do Conhecimento enfrenta é o de formar uma cultura de conhecimento, pois mesmo as empresas requisitando funcionários cada vez mais dinâmicos, encontrar e administrar perfis que desenvolvam projetos inovadores e que façam isso com economia de recursos, é um desafio diário. E só irá melhorar quando houver uma cultura de desenvolver e melhorar o conhecimento de forma constante. Pois o conhecimento só é eficiente se compartilhado. Todas as informações sendo compartilhadas ajudam a criar redes de expertise, aumentando o Know-how organizacional. 
A competência vem sendo mapeada e nem sempre a pessoa tecnicamente capaz é a mais indicada para ocupar determinado cargo. Hoje, tem-se como princípios básicos da competência o saber fazer, o poder fazer e a atitude de querer executar. Parece simples, mas isso gera um papel estratégico ao setor de RH, que se reinventa com cada nova entrevista e, se colher corretamente esses dados, gera um banco de dados que servirá para organizar estratégias de treinamento e desenvolvimento dos colaboradores se antecipando a problemas que o banco de dados já previu.
Trabalhar a gestão do conhecimento e de pessoas faz com que a empresa estimule uma vontade de melhorar a carreira em cada funcionário, querendo sempre estar pronto para agarrar uma nova oportunidade dentro da instituição. Isso fornece a empresa pessoas motivadas e um alto nível de informação e conhecimento sendo colocados em prática diariamente. Por isso o desafio da liderança na atualidade é saber desenvolver e aplicar as competências de cada um dos seus subordinados.

O EAD CORPORATIVO

O Google se tornou referência mundial em escritórios
que incentivam a criatividade
Apesar de não ser possível mensurar o quanto vale, o conhecimento tem sido cada dia mais valorizado dentro das corporações. Defender seu capital intelectual pode ser o diferencial para se destacar perante a concorrência. Por isso está sendo cada vez mais comuns empresas adaptando-se as mudanças, com Home Office, ambientes mais descontraídos e um trabalho de olho no projeto e não no poder. Isso permite que o funcionário gerencie sua própria carreira e essa liberdade aguce sua criatividade.
As universidades hoje produzem cada vez mais o conhecimento técnico. Entretanto, qualidades para gerenciar a própria carreira através da automotivação e vontade de atualização não são qualidades que vêm junto com o diploma. Exige muito tempo de estudo e aprimoramento, além de persistência. Pensando nessa dificuldade de encontrar pessoal com este perfil, as empresas estão investindo nas Universidades Corporativas e desenvolver exatamente o que é preciso com cursos objetivos, rápidos e com uma didática que permite uma alta assimilação pelos mais distintos perfis profissionais. 
Por questões como custo, dificuldade de colocar os funcionários em uma sala de aula e horários específicos, a maioria das empresas opta pelo e-Learning e sua maleabilidade. Tem-se assim, um estudo mais proveitoso, pois o funcionário faz principalmente por querer aprender, sem os bloqueios que “ficar na firma até tarde” poderia trazer ao aprendizado.
A Educação a Distância dentro das corporações traz benefícios como o baixíssimo custo, se comparado ao presencial, um aprendizado ao tempo do aluno, focado nele. A EaD faz com que o conteúdo seja espalhado com rapidez e atualizações ( legislativas, por exemplo) sejam repassadas a um maior número de funcionários em um tempo muito pequeno. Isso muda toda a realidade dos setores administrativos, gerenciais e técnicos pois o comportamento, críticas e novas tendências são claramente colocadas no e-Learning, fazendo com que o colaborador entenda exatamente o que a empresa deseja transmitir, aumentando a eficiência.

Empresas buscam no EaD a agilidade e competência nos treinamentos
As inovações tecnológicas por si só não significam inovação. Ensinar e aprender depende de muitos fatores. Mas o Brasil é um país onde só 16% da população economicamente ativa tem ensino superior completo. Isso mostra como temos uma deficiência gigantesca se comparados com países no mesmo patamar econômico que o nosso. A EaD e o e-learning não vem para salvar o fato que 45% da população não tem ensino médio completo. Mas trazer o acesso ao conhecimento ao ambiente em que a pessoa já passa o dia todo pode ser uma ferramenta excelente para incitar a curiosidade e a vontade de crescer em cada brasileiro. Isso gera currículos mais flexíveis, alunos interagindo entre si de forma mais eficaz, além de um aprimoramento na didática, permitindo que jogos, realidade aumentada, ebooks e outros materiais sirvam para atender cada público alvo. Afinal, você não vai dar um curso com a mesma complexidade para altos executivos e auxiliares de produção. As exigências dos cargos são distintas, a rotatividade dos cargos é diferente e a absorção do conteúdo se dá de forma distinta. Poderemos ver o Brasil figurar entre as economias mais eficientes num futuro próximo e o EaD caminhará lado a lado com o país nessa evolução. Hoje, para efeitos de comparação, o Brasil tem uma eficiência de 24% em relação aos EUA, país base da pesquisa.
A rapidez da mudança tecnológica no país e a exigência de profissionais bem preparados por parte das empresas servem de combustível para acreditarmos que o EaD será cada vez mais uma excelente ferramenta de construção de cidadania através da educação, seja ela corporativa ou acadêmica. Mas o importante é que seja acessível, democrática e eficaz.


Bibliografia
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Terceira edição Totalmente Revista e Atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier Campus, 2004.

http://www.todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/30892/mais-de-45-dos-brasileiros-nao-tem-ensino-medio-completo-mostra-relatorio-da-onu/  Acesso: 08/11/2016.

http://oglobo.globo.com/economia/produtividade-ainda-menor-eficiencia-do-trabalho-no-brasil-cai-3-em-2015-19283379  acesso: 08/11/2016.

http://www.edools.com/universidade-corporativa/  acesso: 07/11/2016