sábado, 10 de novembro de 2018

Liziani Marcia de Souza (11203118) Tecnologia ou Inovação Disruptiva

Inovação Disruptiva

Liziani Marcia de Souza
Disciplina Redes Sociais
Curso de Administração



TECNOLOGIA OU INOVAÇÃO DISRUPTIVA

            Oriundo de uma ruptura, o termo “tecnologia disruptiva” transforma o mercado, cujo o “monopólio” era dominante por uma marca, produto ou serviço e é desestabilizada por outra. Ou seja, provoca uma ruptura nos padrões, modelos ou tecnologias já estabelecidas no mercado. Sua origem se deu em meados de 1990, por Clayton M. Christensen, professor de Harvard, que em publicações de livros, começou a introduzir a evolução dos termos, que apresentou um artigo chamado “Disruptive Technologies: Catching the Wave”, posteriormente a expressão foi de “tecnologia disruptiva” a “inovação disruptiva”, tornando mais abrangente sua aplicação. Este termo foi popularizado no Vale do Silício (onde estão situadas várias empresas de alta tecnologia), por jovens empreendedores e foi apropriado pelas estratégias de marketing e publicidade. Na atual conjuntura é usado para promover produtos ou serviços considerados inovadores, pois é uma evolução exponencial que consiste numa maneira diferente com maior velocidade, tornando mais ágil o fazer algo que muitos precisam.
            Existem dois tipos de inovação, que são as sustentadoras e as disruptivas. A sustentadora resulta em produtos e serviços para mercados estabelecidos e consumidores exigentes, ou seja, melhorias, maior custo, mais tempo, baixo risco e retorno previsível. Já a disruptiva, atende a origem de novos mercados e modelos de negócios; soluções mais eficientes; novo conceito de qualidade; ruptura de antigo modelo de negócio e alteração das bases de competição existentes, ou seja, criação, menor custo, simplicidade, novos atributos valorizados, alto risco e retorno incerto.
            Os princípios da inovação disruptiva são: os recursos das empresas dependem dos clientes e investidores; os pequenos mercados não resolvem as necessidades de crescimento das grandes empresas; os mercados que não existem não podem ser analisados; o fornecimento da tecnologia não pode ser igual a procura de mercado. Suas características são: tecnologia simples; fácil; conveniente; transgressora; veloz; transversal, pois é uma tecnologia que ataca o mercado obsoleto; e de alto risco, pois está relacionada com a mudança.
            Seus tipos são: low-end, tecnologia de baixo custo com foco nos consumidores de menor atratividade; e new-market, que busca por novos consumidores e cria novos valores e atributos. As vantagens se caracterizam na origem de novos mercados e modelos de negócio; soluções mais eficientes; ruptura de antigo modelo de negócio e alteração das bases de competição existentes.
            Mas onde encontramos essa inovação tecnológica? Inseridos num contexto de inovação, essas tecnologias são mais simples, baratas e acessíveis do que as opções no mercado, estabelecendo uma nova forma de relação entre o produto ou serviço inovador e o público consumidor. Assim podemos dizer que, os primeiros automóveis foram os precursores dessa evolução, pois o mercado de transportes era baseado em tração animal, em 1908, com a transformação do mercado e a produção em massa, Henry Ford chega com Ford Model T, atualmente temos outro exemplo da mesma empresa, como o Ford Fusion, que tem tecnologia no carro; versus o Ford Fusion Hybrid, que tem o carro na tecnologia. Outros exemplos: livro impresso, e-book; enciclopédia, wikipedia; vídeo locadora, netflix; telefone fixo, celular.
            Atualmente podemos dizer que os mais conhecidos são: Uber, Apple, Netflix e Google, que transformaram a maneira de se locomover, de ouvir música, de assistir filmes e de buscar informações e de se conectar com as novidades tecnológicas e pessoas pela internet. Ao criar um novo mercado, pode haver a desestabilização dos concorrentes que antes o dominavam. Um caso de serviços são os táxis, que hoje tem forte concorrência do Uber, pois agora dominam o mercado com sua praticidade, rapidez e evolução tecnológica, pois com um celular conectado em mãos, através de alguns toques na tela, você tem um serviço de qualidade, mais barato que o tradicional com tratamento especializado com carro que carregam seu celular, com wi-fi gratuito, ar condicionado, carros novos e limpos com oferecimento de alguma guloseima ou bebidas, tornando a mobilidade mais atraente.
            Outro exemplo mencionado é o da Netflix, que quebrou a Blockbuster (a maior locadora de filmes e games no mundo). A Apple vem com sua linha de produtos eletrônicos com sistema operacional próprio, que mudou a forma de ouvir músicas e é concorrente forte para qualquer outras empresas multinacionais de tecnologia. Hoje a Netflix oferece serviços iniciais gratuitos de filmes, séries, documentário e ainda potencializa e adequa seus serviços para o tipo de qualidade de imagem que você deseja.
            Algum dia você já se imaginou sem enviar mensagens eletrônicas, sem um navegador de pesquisa para internet, algum serviço de docs, drive, agenda, fotos, telefones sem android? Esta é a Google, empresa ícone da evolução tecnológica, assim como a Microsoft e a Apple. Entretanto, possui apenas 20 anos, a mais nova das empresas que exploram nossas histórias em vários setores, seja o acadêmico, profissional, educacional, social ou de entretenimento.
            Nesse cenário inovador, também podemos falar sobre o setor imobiliário ou a rede hoteleira que oferecem serviços de hospedagem e que no decorrer dos anos, vem perdendo espaço para o AIRBNB, que oferece hospedagem em uma propriedade que não pertence à pessoa e conecta pessoas que tem casas, apartamentos com pessoas que tem essa demanda com preços atraentes, ambientes mais confortáveis para curtas ou longas hospedagens e opções maiores de localidades.
            Outras tecnologias já são realidades e vem com a promessa de haver grande salto tecnológico a ponto de quem não se atualizar, correrá o risco de ficar para trás num futuro próximo. Não é por acaso que Google, Apple, Microsoft, Amazon e Facebook são as companhias mais valiosas do mundo e são da área tecnológica. Nesse novo boom de fervor tecnológico, buscando um cenário mundial, podemos citar 7 tendências que já são realidades como: inteligência artificial, internet das coisas, analytics, segurança cibernética, realidade virtual e realidade aumentada, blockchain e drones.
            Conectar objetos como geladeiras, tv, máquina de lava dentro do ambiente que se vive, e usar o comando de voz para operar esses objetos, são resultados desenvolvidos por softwares e robôs virtuais que podem ser equipados com uma inteligência artificial para desempenhar funções sem apertar botões. Nas empresas já podemos conversar com os chatbots, robôs virtuais, que orientam o consumidor em suas dúvidas.
            A tecnologia que conecta todas as coisas à internet como carros, geladeiras, tvs, roupas pode ter uma aplicação em larga escala, rumo ao surgimento de cidades inteligentes. Uma iniciativa da Amazon Go, foi inaugurar uma loja sem funcionários e sem filas, cujas câmeras, sensores e códigos QR entende o que os clientes retiram ou colocam nas prateleiras, e realiza a  cobrança automaticamente direto no cartão de crédito.
            Com excesso de informação, a análise de dados fornece as empresas a oportunidade de cortar custos, melhorar a confiabilidade de seus sistemas e reforçar a qualidade de produtos e serviços. A Analytics foi utilizadas em alguns países, por exemplo, coletando e cruzando dados históricos em diferentes em bancos de dados para prever crimes e indicar as localidades, com esse apoio tecnológico, ajudou a reduzir o índice de criminalidade.
            Numa análise de pequenas a grandes empresas, geralmente ela possuem alguma vulnerabilidade on line, neste caso a segurança cibernética está em destaque, sendo usada como recurso de proteção contra hackers.
            O diferencial entre realidade aumentada e a virtual é que essa última oferece uma experiência imersiva, recriando o cenário como se o usuário estivesse inserido no ambiente, normalmente com óculos especiais.
            Nos últimos anos, quem teve destaque foram os bitcoin, a moeda digital que é a tecnologia blockchain, que trata-se de um grande banco de dados compartilhado e que utiliza criptografia para se tornar um sistema seguro.
            E os drones quebraram o monopólio dos aviões e helicópteros dos céus, com promessas de entregar mercadorias em 30 minutos ou menos.

            A demanda social e mercadológica cria possibilidades na educação, para pessoas interessadas em adquiri competências que possam se reunir presencial ou virtualmente. No setor educacional também possui a disruptura em seis pontos, que são o poder, o invisível, tempo e espaço, informação, conhecimento e perguntas. Analisando a sequência dos itens o poder passa do sistema autoritário para o democrático; o invisível, busca formas automáticas invisíveis, presentes fora da escola; o tempo e espaço podem mudar a disposição espacial em tempo-espaço flexível como as artes no cotidiano escolar proporcionam; a informação deve ser aberta, cultivar uma sala de aula com cultura visual e entretenimento; o conhecimento deve evoluir para um sistema de produção e de metodologia de projetos no intuito de ampliar o sistema de reflexão; e as perguntas  estimulam os alunos a indagarem, discutirem, debaterem no sistema do processo educativo.
            Estas formas podem ser aplicadas em Ensino a Distância, cursos técnicos on line, aulas virtuais. Muito modelos de negócios diversos veem surgindo e no caso da educação, o ambiente educativo favorece a introdução de novos paradigmas no sistema educacional, estimulando a ampliação das novas tecnologias e metodologias inovadoras. Nesse momento de transição com uma ruptura com o modelo tradicional, as instituições terão que aprender a se adaptarem e compartilhar os conteúdos e integrar no uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Os profissionais serão os facilitadores e coaches de aprendizado e os estudantes, de forma colaborativa vão passar a “aprender a aprender” para desenvolver pensamento crítico e desenvolver competências essenciais para os novos desafios.
            O empoderamento da sociedade com as novas tecnologias digitais e seus aplicativos móveis estão cada vez mais em evidência. A internet das coisas nos mostra a evolução do automóvel sem motorista, smart, entre outros. Entretanto, o foco principal é preparar dirigentes, docentes, discentes, consumidores para uma mudança de paradigma no processo de ensino e aprendizagem, além de agregar valor na construção de conhecimento de empreendedores. Em suma, o ritmo do progresso tecnológico cria reais necessidades do mercado e as empresas, tem que estar atentas às tendências e antecipação de novos cenários; tem que ter capacidade para impulsionar uma mudança disruptiva e observar o ponto de saturação do mercado e obter soluções inovadoras.

BOTANA, Flávio. Tecnologia gráfica: http://www.revistatecnologiagrafica.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1242:o-que-sao-tecnologias-disruptivas-e-como-estao-afetando-o-setor-grafico&catid=81:gestao. 2010. Disponível em: <http://www.revistatecnologiagrafica.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1242:o-que-sao-tecnologias-disruptivas-e-como-estao-afetando-o-setor-grafico&catid=81:gestao>. Acesso em: 30 abr. 2018.

VALE. Qual o significado de inovação disruptiva? 2017. Disponível em: <http://www.vale.com/brasil/pt/aboutvale/news/paginas/qual-o-significado-de-inovacao-disruptiva.aspx>. Acesso em: 29 abr. 2018.


CAMARGO, Maria Emilia et al. A INOVAÇÃO DISRUPTIVA EM SETORES E EMPRESAS NO BRASIL. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. 2014, Aracaju. Proceeding of ISTI/SIMTEC. Aracaju: Simtec, 2014. p. 373 - 383.

CÂNDIDO, Ana Clara. Inovação Disruptiva: Reflexões sobre as suas características e implicações no mercado. 2011. Portugal, Monte de Caparica. Disponível em: <https://run.unl.pt/bitstream/10362/6912/1/WPSeries_05_2011ACC%25C3%25A2ndido-1.pdf >. Acesso em: 28 abr. 2018.

           




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