segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Felicidade nas Redes Sociais


Pode-se observar que cada vez mais as pessoas gastam seu tempo nas redes sociais, seja mostrando a sua vida, ou parte dela, ou observando a vida de outras pessoas. Essa realidade há tempos vem sendo cenário de críticas, pois não se sabe se as redes sociais trazem uma contribuição para a vida do indivíduo ou se comporta-se como uma droga que a torna dependente da aprovação social para se sentir feliz consigo mesma.
Para o teórico Bruno Lopes (2013) a felicidade nos dias de hoje se torna uma obrigação. O mundo contemporâneo “vende” para as pessoas o prazer, que sem dúvida é a essência básica da felicidade. Muitas vezes as pessoas que experimentam o prazer, através de algum objeto no qual investiram, nem sempre são felizes, podem sentir um bem-estar momentâneo, o fazem somente para estarem inscritos socialmente.
Para Freud a felicidade é vendida no sentido de cobrir uma falta, uma falta que é constante e que, portanto, nunca será alcançada em sua plenitude. As pessoas buscam satisfazer o tempo todo um vazio E o próprio sistema capitalista contribui para isso. Faz com que nós busquemos a felicidade em compras, viagens, emprego de sucesso, ter um currículo invejável.
Um estudo divulgado em 2017 pela Universidade de Michigan apontou uma ligação entre o uso excessivo das redes sociais e a infelicidade. Dados coletados assinalam que as emoções ligadas à infelicidade aumentaram proporcionalmente ao tempo de exposição às postagens de gente aparentemente feliz.Para desenvolver o material, os pesquisadores enviavam cinco mensagens diárias, durante duas semanas a cada voluntário de um grupo de 82 pessoas dentre jovens e adultos. Os links mostravam a quantidade de vezes que cada um dos usuários visitava a rede social e quais eram seus níveis de preocupação, solidão e satisfação geral com a vida.
Isso pode ser decorrente da falsa realidade mostrada na internet, geralmente os usuários mostram somente as partes boas da sua vida, aquele que vê instantaneamente compara com a sua realidade atual e se sente infeliz.
Segundo alguns psicólogos as redes sociais atuam como mecanismos de defesa para muitas de nossas carências, de nossas necessidades, essas das quais, muitas vezes, não temos consciência e que nós projetamos nesses espaços que vão muito além de uma simples interação social.
“Temos a tendência de nos reconhecermos por meio do reconhecimento do outro e é por isso que as redes sociais fazem tanto sucesso. Quantos mais likes, seguidores e comentários eu tenho, mais importante, poderoso e único eu me sinto. Além disso, o mundo virtual nos dá a possibilidade de construir a nossa imagem, seja ela real ou não. Então, se a minha autoestima não é tão boa e eu não gosto do que vejo quando olho para mim mesmo, então eu posso construir, nas redes sociais, uma vida só de experiências boas para me convencer do contrário”
explica a psicóloga Milena Lhano, que atende pelo Zenklub.
Um estudo realizado pela Royal Society for Public Health (Sociedade Real para a Saúde Pública, do Reino Unido), chamado “#StatusofMind”, revelou o quão grande e tóxico pode ser o impacto do conteúdo de redes como o Instagram, Facebook, Snapchat e Twitter no bem-estar e no dia-a-dia das pessoas. A pesquisa foi realizada com 1.500 pessoas entre 16 e 24 anos. Foram feitas perguntas sobre assuntos como ansiedade, depressão, perda de identidade pessoal e problemas com a imagem do próprio corpo. O resultado foi que 5% dos entrevistados sofrem do que pode ser chamado de “dependência de mídias digitais”.
Algumas outras descobertas: 1 em em cada 6 jovens sofrerá de algum transtorno de ansiedade em algum momento de suas vidas. A imagem corporal também sofre um impacto tóxico para as pessoas que usam as redes, principalmente mulheres jovens. Isso porque as imagens e vídeos publicados 24 horas por dia levam a comparações – e desejos – de uma certa aparência padrão.
O vídeo abaixo mostra esse cenário:


Referências:
A FELICIDADE se torna uma obrigação nas redes sociais. Disponível em: <https://amenteemaravilhosa.com.br/felicidade-obrigacao-redes-sociais/>. Acesso em: 06 nov. 2018.
MAGALHÃES, Dominique. Redes Sociais e a felicidade. Disponível em: <https://canaltech.com.br/comportamento/Redes-Sociais-e-a-felicidade/>. Acesso em: 06 nov. 2018.
ESTAVAM tão felizes que não postavam nas redes sociais. Disponível em: <https://www.contioutra.com/estavam-tao-felizes-que-nao-postavam-nas-redes-sociais/>. Acesso em: 06 nov. 2018.
REDES sociais: Todo mundo é feliz o tempo inteiro?. Disponível em: <https://www.asomadetodosafetos.com/2018/02/redes-sociais-todo-mundo-e-feliz-o-tempo-inteiro.html>. Acesso em: 06 nov. 2018.
FELICIDADE nas redes sociais. Disponível em: <http://www.euescolhiesperar.com/artigos/felicidade-nas-redes-sociais>. Acesso em: 06 nov. 2018.

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